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Cerbranorte discutirá destino de recursos gerados por PCH Capivari

Comunicado foi realizado pela direção da cooperativa na tarde desta quinta-feira (20).

Fotos: Elisângela De Bona Laurindo

Um sonho que se tornou realidade. Esta é a frase que define o sentimento de todos que fazem parte da história da Pequena Central Hidrelétrica Capivari, que teve suas obras retomadas em 2012, após anos de paralisação, e desde março está em pleno funcionamento, gerando energia. “É um momento, com certeza, de muita alegria. É muito gratificante poder estar à frente da cooperativa neste momento que foi tão aguardado por todos os associados. É importante também lembrar de todos que ajudaram a escrever a história dessa PCH, toda a diretoria, mas principalmente o saudoso Tilico, que iniciou tudo”, afirma o presidente da Cerbranorte, Antônio José da Silva, o Toninho, que destaca também a importância da dedicação de Valério Perin e Joaci Nunes, presidente e vice da Geração S.A, e dos demais membros da diretoria.

“Agora é o momento de sentar com as lideranças e entidades, com nossos associados para criar projetos que venham contemplar a todos. Os associados podem ter certeza de que vamos fazer isso com muito cuidado. Vamos retribuir da melhor maneira possível a confiança que foi depositada nesta diretoria”, destacou.

O vice-presidente Manoel da Silva, o Nelo, também destaca a importância da participação do associado nas decisões referentes aos investimentos feitos com os valores obtidos com a geração. “Esse dinheiro não é da diretoria, não é do Toninho ou do Nelo ou do Valdino, é de mais de 20 mil associados que vão ajudar a decidir onde ele será investido. Nossa parte a gente fez, assumimos e honramos um compromisso. Agora vamos debater todos juntos para fazer com que Braço do Norte e Rio Fortuna usufruam desses recursos da melhor maneira possível”.

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A história da PCH

A história da Pequena Central Hidrelétrica Capivari começou a ser escrita há mais de 20 anos, pelas mãos do então presidente da Cerbranorte, Luiz Kuerten, o Tilico. Foi ele quem comprou o terreno onde está construída a PCH. O saudoso Tilico relatou em uma entrevista, concedida em 28 de novembro de 2013, um pouco do que foi o início do sonho. “Nos anos 90, andando para os lados de São Martinho, descobri o terreno e achei muito interessante. Conversei com um amigo engenheiro e discutimos a possibilidade de construir uma usina. Depois disso, convoquei uma reunião com os associados, a fim de pedir permissão para usar dinheiro da cooperativa para iniciar o projeto. Aprovaram quase que por unanimidade. Foram dois anos na preparação do projeto. Com o projeto pronto, fui a Brasília para pedir a concessão. O projeto inicial era de 18MW, mas me informaram que acima de 12 MW eu precisaria de licitação e corria o risco de não conseguir. Modificamos então o projeto. Depois de alguns meses de espera recebemos a notícia da autorização. Voltamos então a Brasília para assinar o contrato”.

Pela história da PCH também passou Evanísio Uliano. As obras foram iniciadas em sua gestão, com o apoio de Edésio Oenning e Valdir Willemann. Depois de anos paralisada por falta de dinheiro, as obras foram retomadas em 2012, já com Antônio José da Silva, o Toninho, na administração e uma parceria com a Urbano Agroindustrial foi firmada.

A parceria com a Urbano Agroindustrial

As obras da PCH Capivari ficaram paralisadas durante anos por falta de recursos. Diante disso, em 2011, a nova diretoria, encabeçada por Toninho e Nelo, tratou de estudar possibilidades para que a obra fosse concluída. “No primeiro momento analisamos o melhor negócio para o associado. Se fossemos buscar os valores necessários por meio de empréstimo para a conclusão da obra, comprometeríamos 20 anos de geração, e os associados seriam os avalistas da Cerbranorte. Para não comprometer os associados, que nem tinham conhecimento do tamanho da responsabilidade, fomos buscar parceiros e, com o apoio de lideranças, optamos por uma parceria com a Urbano, uma empresa séria e que sempre honrou seus compromissos com a cooperativa”, lembra Toninho.

“Fomos felizes também por poder contar com uma diretoria parceira e que não mediu esforços para a finalização desta obra. Valério Perin e o Joaci Nunes desempenharam um papel fundamental, tanto para a escolha da empresa parceira quanto nas etapas da construção da usina”, ressalta.

Sobre a PCH Capivari

A PCH Capivari tem 18 Megawatts de potência, com média de produção de energia firme de 9,05 Megawatts. Ao longo da construção da usina, 20 programas ambientais foram desenvolvidos. Estes programas fazem parte do Projeto Básico Ambiental (PBA) e tem como objetivo mitigar, compensar os impactos e potencializar os benefícios decorrentes do empreendimento. Além destes programas, todas as ações de licenciamento ambiental exigidas pela legislação foram executadas.

A barragem da usina é uma barragem de enrocamento com núcleo em argila. Ela tem 32 metros de altura. Sua base tem 100 metros de largura e 100 de comprimento, já seu topo tem 8 metros de largura e 200 de comprimento. Foram utilizados, aproximadamente, 220 mil metros cúbicos de entulho, entre rocha e argila para a construção da barragem. Algo em torno de 18.334 caminhões de material. O início do alagamento da barragem ocorreu no dia 20 de julho de 2016.

 

Colaboração: Elisângela De Bona Laurindo – Assessora de Comunicação da Cerbranorte 

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