Segurança

Chacina em Porto Alegre: pedido de liberdade será protocolado

O advogado de defesa do policial militar da reserva voltou ontem de Porto Alegre.

Foto: Divulgação

Foto: Divulgação

O principal suspeito e agora réu em um processo no Segundo Tribunal do Júri de Porto Alegre, como executor de uma chacina na qual cinco pessoas da mesma família foram mortas, um policial militar da reserva em Tubarão, de 52 anos, está a poucos dias de ter seu pedido de liberdade protocolado. A informação é do advogado do acusado, Edilson Garcia, que retornou ontem da capital gaúcha com o processo de mais de mil páginas.

“Tive uma conversa com ele. Está calmo e confiante na justiça. Agora que tem o processo, vou entrar com o pedido de liberdade. Na próxima semana protocolo o documento. Se for negado, a defesa pedirá um habeas corpus por falta de provas”, garantiu.

A Polícia Civil do Rio Grande do Sul esteve em Tubarão nos últimos meses para colher os depoimentos de testemunhas. A maioria é de pessoas residentes em Jaguaruna e duas em Tubarão, em um total de 80 depoimentos.

Com a conclusão do inquérito, o Ministério Público (MP) apresentou a denúncia, mas o policial militar da reserva ainda não foi citado. “A princípio ele era o mandante do crime. Agora é apontado como o executor”, enfatizou o advogado.

Relembre o caso

Lourdes Felipe, 64 anos, mãe de Valmir Felipe Figueiró, 29, e de Luciane Felipe Figueiró, 32, além de João Pedro, 5, e Miguel, de 1 mês, filhos de Luciane, foram encontrados mortos a tiros em casa, no dia 2 de junho, no bairro Jardim Itu Sabará, em Porto Alegre. 

O caso repercutiu na mídia nacional, pois o policial é pai de uma das vítimas, Miguel Felipe Figueiró, de 1 mês, e, de acordo com o inquérito, se desentendeu com a mulher (Luciane) sobre  a paternidade.

Para a delegada Luciana Smith, responsável pelo caso, as investigações levam a crer que o crime foi planejado em Santa Catarina. “A investigação apurou diversas ameaças feitas pelo suspeito e, inclusive, tem a tentativa de adulteração do exame de DNA da filha da vítima, que na data do crime não havia completado 1 mês de vida”, disse.

Prisão não possui regalias

Conforme Garcia, seu cliente está em um presídio militar com mais 50 detentos. A cela é pequena e não há regalias. “O tratamento é igual a de qualquer outro preso”, diz. É o único detido pelo crime. A polícia soltou os outros três suspeitos de participação. Um deles, morador de Laguna e amigo do PM, foi liberado quinta-feira última. 

Com informações do Jornal Notisul