Clima

Chuva e vento provocam prejuízos em bairros de Criciúma

Agarrada a um rosário, a dona de casa desempregada Iracema de Araújo, moradora do Bairro Paraíso, em Criciúma, só queria que o barulho ensurdecedor acabasse logo, que ninguém da família se machucasse e que a casa de alvenaria bem cuidada, adquirida há dois anos e com um longo financiamento por pagar, permanecesse de pé. Conforme o site Clicatribuna, era 14h deste sábado quando o telhado do ginásio de esportes da escola João Linus Rech, ao lado da casa dela, voou para a rua em frente, parando em cima de uma residência abandonada, de um carro e fechando toda a Rua 772.

Uma chuva breve, mas intensa, atingiu a região dos bairros Tereza Cristina, Paraíso, Santa Augusta e Boa Vista por volta das 14h deste sábado. “Foi tudo muito rápido. A gente só reza para tudo acabar bem”, disse a moradora, ainda tremendo, meia hora após o incidente. O muro lateral da casa dela caiu e ela teme que aconteça o mesmo com uma das paredes do ginásio que permaneceu de pé, com potencial para causar um estrago ainda maior na moradia de Iracema. Ela estava junto das três filhas fazendo o serviço de casa quando a estrutura do ginásio de esportes foi jogada pelo vento para a rua. A via foi isolada pela Defesa Civil.

O Corpo de Bombeiros passou a tarde atendendo a chamados para retirar galhos de árvores de cima de telhados. A Defesa Civil contabiliza ao menos 20 árvores caídas e de 20 a 30 casas danificadas. Não há registro de feridos, desalojados ou desabrigados.

Na casa do professor de educação física Sérgio Pereira, um muro construído há 45 anos, quando a família se mudou para o Bairro Santa Augusta, também caiu. “Deu um estouro. Mas menos mal que foi só isso e ninguém se machucou”, ponderou. Pelo bairro, a vizinhança toda saia às ruas para analisar o estrago causado pela chuva, que foi breve e intensa. Árvores e muros caíram. Telhados foram danificados. No Presídio Santa Augusta, no bairro de mesmo nome, um muro cedeu e três detentas fugiram.

[soliloquy id=”59357″]