Clima

Cidades da Serra têm alta de até 60% na economia em maio incomum com neve

Restaurantes, lojas e postos de combustíveis reforçaram lucros com "boom" de turistas

Divulgação

A ocorrência de neve em Santa Catarina já em maio, o que não ocorria há 15 anos, antecipou também os lucros mais expressivos dos municípios da Serra com o turismo. Em geral, isso se intensifica só a partir de junho, o que foi adiantado neste ano por uma onda de frio.

Em Rio Rufino, um dos seis municípios que tiveram queda de neve nesta semana, já há estimativa de alta de 60% no giro da economia local quando comparado com período semelhante ao do ano anterior, com 95% dos leitos de pousadas ocupados, segundo o secretário de Turismo da cidade, Matheus Ghizoni.

Ele destacou, no entanto, que os ganhos foram além da rede hoteleira, colocando postos de gasolina, lojas e o setor gastronômico entre os mais beneficiados. A região já esperava que uma maior parte dos visitantes chegaria sem necessariamente gastar com hospedagens, mas viajando de última hora apenas para realizar o sonho de ver a neve.

Em São Joaquim, um restaurante com capacidade de 60 lugares viu a clientela dobrar e teve casa cheia em dois turnos na terça-feira (17), dia em que verdadeiro “boom” de turistas pôde presenciar a queda de neve de manhã e à noite.

— O dia da neve foi praticamente um feriado extra, que é quando temos maior lotação — diz Jair Bresolin, funcionário do local. A casa precisou, inclusive, ampliar a equipe para atender o fluxo.

Ainda na cidade, a rede hoteleira teve ocupação total, segundo a secretária de Turismo local, Adriana Cechinel. Em outros anos, a taxa costuma ficar só em 80% nesta época.

— A gente tem muito o que comemorar. Os restaurantes estiveram todos cheios, a parte da gastronomia, da hotelaria, e do comércio. Foi muito movimento — afirma a secretária.

Diretora regional da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis em Santa Catarina (Abih-SC), a empresária Mariléia Folster diz acreditar que, em São Joaquim, a lotação foi maior devido à facilidade de se ver neve dentro do perímetro urbano.

Ainda assim, os associados da entidade hoteleira em outros municípios viram aumento de até 20% na procura por hospedagens por conta da neve. Em Urubici, onde ela tem uma pousada, a prefeitura estima que a lotação das pousadas foi de 90% em média.

— Dentro da expectativa que a gente tinha, de que esse ano tenderia a cair um pouco o número de turistas, para nós foi bom — disse a secretária de Turismo na cidade, Marinês Walkowski, ao lembrar que os últimos anos de pandemia, com restrições, privilegiaram a ida de visitantes domésticos à Serra Catarinense, com atrações ao ar livre.

Em Urupema, onde turistas puderam acompanhar o primeiro registro de neve do ano, no Morro das Antenas, a ocupação de hotéis e pousadas chegou a 70%. Apesar de menor, o número foi também celebrado na cidade por se tratar de maio.

— A gente costuma ter pouca ocupação neste época. A cidade lota mesmo no mês de julho — diz Antenor Arruda, à frente da pasta de Turismo na prefeitura local. O ápice de visitantes agora já estará precedido de uma temporada mais larga de ganhos.

Com informações do NSCTotal

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