Saúde

Cidades de SC enfrentam desistências de profissionais no Programa Mais Médicos

Ministério da Saúde afirma que fará levantamento na segunda-feira sobre municípios onde não houve a apresentação. Sete deveriam ter recebido médicos até esta sexta-feira.

Divulgação

Nas sete cidades catarinenses que deveriam receber profissionais do Programa Mais Médicos até esta sexta-feira (28), houve tanto apresentações quanto desistências. Em Água Doce, Presidente Nereu e Santa Terezinha, os médicos chegaram nesta semana. Em Campo Erê, Major Vieira e Vitor Meireles, ninguém se apresentou. O G1 não conseguiu contato com a Prefeitura de Santa Terezinha do Progresso, que também deveria ter recebido um profissional nesta semana.

O Ministério da Saúde afirmou que na segunda-feira (1º) fará um fechamento do resultado dessa etapa do programa, para confirmar onde houve desistência. A pasta explicou que cada médico optou por quatro cidades. Por essa razão, dependendo do município, pode ser enviado outro profissional.

O resultado final com os selecionados foi divulgado em 19 de junho. Os médicos tinham entre a segunda (24) e esta sexta para se apresentarem nos municípios. Os profissionais vão atuar na atenção básica. Esta etapa do Mais Médicos contemplou cidades com vulnerabilidade social que dependem do Sistema Único de Saúde (SUS).

Apresentações

Em Água Doce, no Oeste, o médico chegou na quinta (27) e deve começar a atuar na segunda (1º), conforme a Secretaria Municipal de Saúde.

No Vale do Itajaí, em Presidente Nereu o profissional chegou na terça (25) e também deve começar na segunda. Em Santa Terezinha, a situação é a mesma.

Desistências

Em Campo Erê, no Oeste, houve desistência. A Secretaria Municipal de Saúde afirmou que o município tinha dois profissionais do Mais Médicos. Um deles, cubano, deixou a cidade quando o país caribenho anunciou a saída do programa.

Desde então, um médico, brasileiro, atua na Saúde de Campo Erê. A secretaria afirmou que o município precisou contratar outro profissional, com um custo de aproximadamente R$ 150 mil anuais à pasta.

Em Major Vieira, no Norte, a prefeitura não recebeu notícias do profissional que foi selecionado. A cidade está sem médico há mais de um ano. Uma brasileira atuava no município pelo programa, mas foi transferida para Porto Belo, no Litoral Norte catarinense.

A secretária municipal de Saúde de Major Vieira, Alexsandra Fernandes de Castro, afirmou que dois médicos atuam na cidade agora. Com a falta de um profissional, o município precisou fechar o atendimento no interior. Atualmente, só há no Centro.

Por fim, Vitor Meireles, no Vale do Itajaí, está há um ano e meio sem o profissional do programa. O município também precisou contratar outro médico para trabalhar no posto de saúde. “É um dinheiro muito alto para a [secretaria municipal da] Saúde”, afirmou o secretário, Teilor Petersen.

Saída de Cuba

O edital é o segundo lançado pelo Ministério da Saúde desde a saída de Cuba do programa, anunciada em novembro de 2018. O primeiro foi aberto ainda em novembro do ano passado para preencher as 8.517 vagas em todo o Brasil deixadas pelos cubanos no programa. No total, 7.120 vagas foram preenchidas por brasileiros formados no país. Na segunda fase, lançada em dezembro, as vagas remanescentes foram oferecidas a médicos formados no exterior.

Dentre os médicos selecionados no primeiro edital, 1.052 desistiram do programa entre janeiro e março de 2019. O número representa 15% das vagas preenchidas por médicos brasileiros após a saída de Cuba.

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