Saúde

Cirurgias eletivas estão suspensas a partir de junho em Santa Catarina

João Paulo Kleinübing
Foto: Patrick Rodrigues / Agencia RBS

João Paulo Kleinübing
Foto: Patrick Rodrigues / Agencia RBS

Uma nova medida impactará diretamente nos atendimentos em saúde prestados à população. Ontem, os rumores de que o Programa Nacional de Cirurgias Eletivas seria instinto pelo Governo do Estado foram concretizados.  A partir de dia 1º de junho, os agendamentos estarão suspensos em todos os municípios de Santa Catarina. Segundo o Secretário de Saúde de Criciúma, Vitor Benincá, a informação foi oficializada pelo Secretário de Estado da Saúde, João Paulo Kleinubing, em reunião realizada ontem, em Florianópolis, com o Conselho de Secretarias de Municipais de Saúde de Santa Catarina – Cosem.

“Ficou definido que as cirurgias que já estão marcadas serão feitas, mas que depois nada mais será aceito”. A alegação de Kleinubing seria por contenções de dispensas, uma vez que o Governo Estadual não tem mais condições de manter o programa, o suspendendo como já fizeram outros estados brasileiros. “Esse é um programa federal que foi extinto no ano passado e que o Estado permaneceu bancando, assumindo a responsabilidade”, afirma. Benincá afirma que a determinação modificará todo o sistema de saúde dos últimos quatro anos, que tiveram que se adaptar para comportarem as exigências do programa.

“É uma desconjuntura total, tem toda a questão de estrutura que foi montada, principalmente em municípios pequenos, onde médicos se mudaram para trabalhar nisso”, explica.
A proposta agora seria avaliar e rever os métodos de atendimentos prestados por Criciúma. “Mais uma vez os municípios ficaram incumbidos de dar garantias para a população. Foi uma reunião bem conflitante e pesada”.

Direcionamento dos recursos

Com base em dados coletados com pelos secretários junto ao Secretário de Estado da Fazenda, Antônio Gavazzoni, o Governo Estadual não tem investido o previsto por lei em saúde. A falta de verbas impacta diretamente no gasto municipal. “Contestamos a prioridade que os governos estão dando para a área de saúde. Sabemos que não se investe 12% e acreditamos que esse valor chegue apenas a 11%. De 15% estabelecidos por lei municipal, Criciúma investe 35% em saúde, enquanto Joinville 42%”, pontua o secretário. 

Para reaver a questão e cobrar esses investimentos, os membros do conselho tentam viabilizar uma reunião diretamente com o governador Raimundo Colombo dentro dos próximos dias.
Além da cirurgias eletivas, outras questões de gestão foram tratadas durante a reunião. Entre elas o fornecimento de vacinas da Gripe A, que deverão chegar 100% dos lotes nos próximos dias. Em reunião, também ficou definido que todas as verbas para cirurgias de cataratas que seriam encaminhados à Criciúma foram canceladas.

Com informações do site Clicatribuna