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Cocal do Sul decreta situação de emergência

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O município de Cocal do Sul decretou situação de emergência em razão do longo período de estiagem. A decisão foi tomada numa reunião no gabinete do prefeito que reuniu secretários de obras e Administração, SAMAE e coordenadoria da Defesa Civil municipal e estadual. A falta de chuvas vem comprometendo o sistema de abastecimento de água, diminuindo o nível dos três reservatórios que abastassem a cidade. Após negociação entre a prefeitura de Cocal do Sul e a CASAN, parte do município deve começar a ser abastecido com água do Rio São Bento nesta segunda-feira.

Segundo o meteorologista de Epagri, Marcio Sonego, a região está com chuvas abaixo da média e a previsão para os próximos meses é de chuva mal distribuídas e abaixo da média. O próximo trimestre, tem previsão de precipitação de 50 milímetros a menos, e ainda uma primavera mais seca.

O coordenador regional da defesa Rosinei da Silveira afirma que toda região sul do Brasil está sofrendo com a seca. Caso do Estado do Paraná que já decretou situação emergência. Em Santa Catarina, no último relatório apontava 68 cidades com situação de Emergência decretada. “Por sorte é a Barragem do Rio São Bento”, afirma Rosinei, que diz todos os municípios da AMREC estão atingindo. “É necessário o consumo consciente e racional por parte da população. Nas áreas rurais todos apresentam problemas, onde existem relatos de lavoura de morango totalmente perdidas”, relata o coordenador regional da Defesa Civil. Segundo ele, nas áreas urbanas dos municípios abastecidos pela barragem do Rio São Bento, ainda não existem problemas. Mas a situação é crítica em municípios como Morro da Fumaça, Urussanga, Lauro Müller e Orleans, e que pelas previsões dos próximos 20 dias, mais municípios ainda devem seguir a situação de Cocal do Sul e decretar situação de emergência.

Em Cocal do Sul os três reservatórios utilizados para abastecimento do município, localizadas junto ao Rio Tigre, Rio Cocal e a Represa Demaria Eugenito Rosso, estão com níveis abaixo da capacidade. O coordenador da Defesa Civil de Cocal do Sul, Nilton Golçalves, lembra que o município já decretou situação de alerta e passado o período de quase 15 dias de não houve acréscimo no volume de chuva, e que segundo ele, os maiores prejuízos são na agricultura e na pecuária.

O diretor do SAMAE, Marcio Zanetti, diz que os volumes hídricos estão abaixo da normalidade. “Nosso volume normal de vazão dos mananciais é de 390 litros por segundo. Precisamos tratar 42 litros por segundo, para abastecer o município e o volume disponível hoje para tratamento é de apenas 17 litros por segundo, redução de 95% da disponibilidade hídrica”, comparou Marcio.

O prefeito de Cocal do Sul, Ademir Magagnin, lembra que o decreto da situação vai dar mais agilidade nas ações. “Nos dará mais agilidade na contratação de caminhões pipa, por exemplo, e na aquisição de água de outras cidades”, explica o prefeito. Ainda segundo ele, ações para minimizar a estiagem estão sendo encaminhadas.

Água da Barragem do Rio São Bento na segunda

Nesta segunda-feira (18) parte da população de Cocal do Sul começa a receber água da barragem do Rio São Bento. As obras foram realizadas durante esta semana, ampliando em 300 metros de rede de água, puxando da rede do Bairro São Simão em Criciúma.

A obra abastecerá cerca 700 famílias, dos bairros Boa Vista, Centro, União, Brasília, Horizonte Guanabara e Cristo Rei. Segundo o prefeito Ademir Magagnin, isso vai reduzir o tempo de desabastecimento que chegou a 36 horas. “Pretendemos reduzir para 12 a 16 horas”, informou.

Transporte de Água

O SAMAE também está fazendo o transporte de água “in natura” com caminhão pipa. Segundo o diretor do SAMAE, Marcio Zanetti, são 176mil litros por dia transportados de caminhão do Rio Barbosa até a estação de tratamento. “O transporte é feito por dois caminhões de 7mil litros e dois caminhões de 15 mil litros, que estão trabalhando 24 horas por dia, numa ação para ajudar no abastecimento do município”, conta. O SAMAE ainda deve realizar ações de fiscalização do desperdício de água, inclusive com aplicação de multas, quando necessário.

Preocupação com o COVID-19

A falta do abastecimento de água também preocupa pelas condições de higiene que precisam ser mantidas. “Precisamos zelar pela saúde, segurança e assistência pública, tomando medidas que impeçam a propagação de doenças”, afirma o prefeito de Cocal do Sul Ademir Magagnin.

Colaboração: Comunicação Prefeitura de Cocal do Sul

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