Saúde

Coleta reduz de forma considerável no inverno

O mês é marcado pela campanha ‘Junho Vermelho’, que pretende incentivar as doações de sangue em várias cidades.

Foto: Divulgação/Notisul

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Os estoques de sangue para doação estão baixos em muitas cidades do estado. Em Tubarão, a situação não é diferente. Conforme relata a enfermeira responsável pela unidade de coleta na Cidade Azul, Luzia Porto Mapelli, nesta época do ano, as doações caem de forma considerável. “Acredito que em um primeiro momento a redução ocorre por causa das férias normais neste período. Outra situação é a questão dos resfriados e gripes que aumentam muito e nessas condições não é possível doar. Aqui em Tubarão a redução chega a quase 50%”, explica Luzia. 

De acordo com a enfermeira, a Organização Mundial da Saúde – OMS recomenda que de 3% a 5% da população seja doadora de sangue, mas no Brasil, o índice é de apenas 1,9%. O Dia Mundial do Doador de Sangue é comemorado hoje. “Temos que nos conscientizar e perder o medo. O ato é seguro e salva até três vidas. Este mês é comemoramos o junho vermelho, que é uma forma de incentivarmos as pessoas a doar. Geralmente as doações ficam menores nessa época, mas infelizmente desde os últimos 30 a 40 dias, as coletas diminuíram muito”, lamenta.

Luzia conta que são enviados e-mails para os doadores, em especial para os com tipagem negativa. “Temos feito várias ações convidando os doadores, mas além destes que já colaboram com frequência, precisamos de mais pessoas. Renovar é sempre preciso”.

Coletas externas são retomadas

No mês passado, com a crise econômica e com a falta de repasse do governo estadual para o Hemosc, foram canceladas coletas externas em Itajaí, e as que estavam agendadas em Jaguaruna, Rio do Sul, Palhoça e Palma Sola. Em Tubarão, na época, os doadores acreditavam que a unidade na cidade seria fechada mais uma vez e, com isso, as doações teriam que ser realizadas em Criciúma. 

“Não está previsto o fechamento da unidade. O que nos repassaram naquele período é que as coletas externas foram canceladas em todo o estado, mas as internas continuaram. Atualmente se diminuiu o número de coletas externas ao mês, em vez de quatro são realizadas três. Mas o cronograma fica em Criciúma, uma vez que somos uma unidade pertencente a eles. As orientações como sempre são de economia de energia elétrica, por exemplo, apenas isso”, pondera Luzia Porto Mapelli.

A gerente técnica do Hemosc em Florianópolis, Patrícia Carsten, lembra que em nenhum momento faltou material de coleta, mas as dificuldades no repasse do governo para a entidade inviabilizou os trabalhos. “Além da falta de repasse tivemos um agravante: a alta do dólar. Antes um material que custava R$ 6,00 em outros tempos – sem crise -, atualmente custa R$ 30,00, cinco vezes mais. Como em sua maioria são materiais importados, a situação ficou difícil. Sempre buscamos fazer uma gestão cuidadosa porque lidamos com dinheiro público e temos que oferecer o melhor para a população”, conclui.

Não pode doar sangue se… 

• Fez cirurgia recentemente (inclusive implante);
• Estiver de jejum prolongado ou ingeriu alimentos gordurosos nas últimas quatro horas;
• Tomou bebida alcoólica há menos de 12 horas;
• Fez endoscopia nos últimos seis meses;
• Teve gripe ou febre nos últimos sete dias;
• Estiver grávida ou amamentando;
• Ter sido exposto a uma situação de risco para transmissão de doenças infecciosas, por via sexual ou pelo uso de drogas;
• Não tiver dormido, pelo menos, seis horas, na noite anterior à doação.

Para doar, é necessário:

• Ter idade entre 16 e 69 anos completos (jovens de 16 ou 17 anos podem doar desde que acompanhados por responsável legal). O limite de idade para a primeira doação é de 60 anos;
• Peso superior a 50 kg;
• Apresentar documento de identidade com foto, emitido por órgão oficial: RG., carteira profissional, carteira de motorista, etc;
• Boas condições de saúde, sem feridas ou machucados no corpo.

Com informações do Jornal Notisul