Economia

Colheita de pêssegos ameaçada por falta de mão de obra em Pedras Grandes

Migrantes do nordeste são recrutados para amenizar o problema

Foto: Reprodução/Rádio Guarujá

Foto: Reprodução/Rádio Guarujá

O pêssego é uma das frutas mais saborosas e consumidas atualmente. No Sul do estado, Pedras Grandes é a cidade onde concentra uma das maiores áreas de cultivo e colheita da fruta. Mas um problema ameaça a produção e comercialização do produto: a falta de mão de obra especializada. Para amenizar este problema, conforme o engenheiro agrônomo da Epagri, Celito Bertelli, profissionais migrantes do nordeste são contratados e capacitados.

“Temos uma deficiência na parte da colheita. Pêssego é uma atividade altamente perecível, você deve colher à fruta na hora correta e havendo essa deficiência de mão de obra estão vindas pessoas de outros estados fazer está prestação de serviços, onde as mesmas são capacitadas”, ressalta o engenheiro.

Segundo Bertelli, o mercado está mais exigente. Pela fruta ser frágil no seu manuseio, armazenamento e transporte, a capacitação técnica dos trabalhadores se torna essencial.

“Hoje o mercado está exigindo qualidade de apresentação do produto. A colheita é feita por pessoas tecnicamente qualificadas através de orientações para que o pêssego chegue à mesa e na prateleira do mercado com a apresentação e qualidade que o consumidor quer”, diz.

O produtor Roberval Vieira mantinha o cultivo de pêssego há 13 anos em sua propriedade no distrito de Pindotiba. Hoje, foi desfeita. Segundo Vieira, a falta de profissionais foi um dos motivos pela desistência da atividade. “Está muito difícil para achar camarada, não tem mais empregado para trabalhar. O pêssego deve ser colhido na hora certa e este serviço era feito por apenas duas pessoas”, relata.

Alguns produtores já realizaram 50% da colheita. A safra da fruta ocorre entre o mês e março do ano seguinte. Em Pedras Grandes aproximadamente 60 propriedades estão envolvidas com a atividade.

Colaboração: Rádio Guarujá