Infraestrutura

Condição das rodovias em SC vira bate-boca entre PRF e Governo do Estado

PRF aponta falhas na estrutura viária de SC e governo estadual rebate com crítica direta à União.

Foto: Divulgação

Uma nota da Polícia Rodoviária Federal (PRF) criticando a falta de alternativas viárias em Santa Catarina provocou uma resposta dura do governo estadual. A corporação apontou que o Estado depende quase exclusivamente das rodovias federais para deslocamentos internos, o que sobrecarrega trechos da BRs e aumenta os riscos no trânsito.

Segundo a PRF, a ausência de rodovias estaduais com função de integração regional obriga veículos leves, motocicletas e até pedestres a dividirem espaço com o tráfego pesado de longa distância. O resultado é um trânsito misto e perigoso, agravado pelo crescimento urbano desordenado às margens das BRs.

“É um Estado rico, com estrutura viária muito aquém do que representa. Isso precisa ser repensado”, disse o superintendente da PRF em SC, Manoel Fernandes.

Segundo ele, em várias regiões, não há rodovias estaduais paralelas para dar conta do fluxo local. Isso gera conflitos entre o trânsito urbano e o rodoviário, e contribui para os altos índices de acidentes e congestionamentos.

A PRF defende mais investimentos em passarelas, travessias seguras e acessos planejados.

A Secretaria de Infraestrutura do Estado respondeu em alto e bom som. Em nota enviada ao Portal Sul in Foco, a pasta reagiu com firmeza:

“Lamentável que a PRF faça uma ilação tão leviana. Acreditamos que essa não é a posição de todos os bravos Policiais Rodoviários Federais. Se as BRs não comportam mais o fluxo de veículos atualmente, o governo federal deveria investir mais para melhorar as rodovias federais.”

Apesar da troca de farpas, o problema é real. Trechos como a BR-101, BR-282 e BR-470 misturam trânsito urbano e rodoviário diariamente, colocando em risco ciclistas, motociclistas e pedestres que, muitas vezes, não têm alternativa de trajeto.

A discussão acontece justamente na semana em que o tema será debatido em Brasília, com a participação de representantes catarinenses e do Ministério dos Transportes. E expõe um impasse antigo: quem deve assumir a responsabilidade por melhorar a mobilidade em Santa Catarina?

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