Iniciativa do Conselho Municipal dos Direitos da Mulher, com apoio da Prefeitura, reúne mulheres de vários segmentos da cidade de Criciúma
Pensando em elaborar e promover uma política mais atuante para as mulheres criciumenses, o Conselho Municipal dos Direitos da Mulher – CMDM, realiza nesta sexta-feira (11), a IV Conferência Municipal de Políticas Públicas para as Mulheres. O encontro, que é realizado com apoio da Administração Municipal, através da Secretaria Municipal de Assistência Social, iniciou às 9 horas e encerra às 17h, na sede do Sindicato dos Trabalhadores no Serviço Público Municipal de Criciúma e Região – Siserp.
Segundo o prefeito Márcio Búrigo, que participou da abertura do evento, a conferência visa garantir um amplo debate sobre os direitos das mulheres no município. “Essa iniciativa tem como objetivo traçar estratégias para que as políticas públicas de igualdade para as mulheres sejam efetivadas. Mas para isso é necessário que as pessoas que participam e toda a sociedade tenham a alma grande para que caiam as diferenças. A conferência é mais uma oportunidade para as mulheres discutirem suas necessidades e apresentarem propostas visando garantia de direitos. Acredito que esta seja uma porta para a mudança”, relata o gestor municipal.
Neste quarto encontro o tema elencado foi: “Mais Direitos, Participação e Poder para as Mulheres”, e teve como palestrantes a feminista e professora aposentada Clair Castilhos Coelho e a coordenadora de Promoção da Igualdade Racial de Criciúma – Copirc, Maria Estela Costa da Silva.
Conforme a presidente do CMDM, Maristela Bolan, o encontro permitirá uma análise sobre as iniciativas públicas destinadas às mulheres mantidas nos três níveis de governo. “Essa quarta edição tem os mesmos objetivos da primeira conferência que são: igualdade, equidade e justiça social. Vamos aproveitar a oportunidade para fazermos uma avaliação sobre os programas de gênero para encaminhar o que queremos como políticas para as mulheres. Mas nossa principal busca é pela igualdade, pois ainda existem locais onde as mulheres fazem o mesmo que o homem e chegam a ganhar 30% a menos que ele. Muito já conquistamos, mas precisamos avançar ainda mais para que a mulher deixe de ser propriedade do homem”, enfatiza Maristela.
De acordo com a presidente do Siserp, Maria Barbara Teixeira, a conferência vai ajudar no aprofundamento das ações e no pleno funcionamento das organizações q ue visam ampliar os direitos das mulheres. “É importante que não só as mulheres, mas toda a sociedade faça uma reflexão sobre o tema. Sabemos que ainda não temos todos os direitos garantidos, por isso estamos nos reunindo para ir em busca deles, para que eles passem a valer. Temos que aproveitar o momento para colocar em ação e traçar estratégias para que as políticas públicas para as mulheres sejam realmente efetivadas. Não adianta termos uma série de leis, se elas realmente não se fizerem valer. Vamos discutir nossas necessidades e aprovar propostas que irão de acordo com nossos direitos”, destaca Barbara.
Debates em busca de um caminho igualitário
São várias as discussões acerca do tema envolvido. Esses debates são divididos em eixos, sendo eles Contribuição do Conselho dos Direitos da Mulher e dos movimentos feministas e de mulheres para efetivação da igualdade de direitos e oportunidades para as mulheres.
Para Maria Estela Costa da Silva, a elaboração das propostas deve ser pensada de modo que atendam todas as mulheres, independente de situação social e etnia. “Temos que dar conta de políticas que não estão sendo vivenciadas para a mulher. Estamos assumindo um compromisso aqui, que é o de buscar a igualdade para todas nós, mulheres negras e brancas. Somente se caminharmos nossos objetivos sejam alcançados. A Copirc tem um grande compromisso nessa caminhada, pois queremos garantir os direitos para o nosso município. Hoje é o momento de pensarmos possibilidades que possam ser realizadas”, comenta a coordenadora da Copirc.
Colaboração: Milena dos Santos / Diretoria Executiva de Comunicação de Criciúma
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