Segurança

Corpo de mulher que estava desaparecida é encontrado carbonizado e esquartejado

Para a polícia, o principal suspeito é o marido, sub-tenente da Polícia Militar, que segue desaparecido

Um crime com requintes de muita crueldade. Isso foi o que ocorreu com a professora Hannelore Siewert, 40 anos, companheira do sub-tenente da Polícia Militar, Ênio Sebastião de Farias, 50 anos. O casal está desaparecido desde o fim de semana.

Na manhã de ontem, um policial civil percebeu a presença de urubus perto de uma restinga, no balneário de Itapirubá, em Imbituba. Um policial militar cavou e encontrou um corpo humano parcialmente carbonizado e esquartejado. A identidade oficial ainda não está confirmada, mas os indícios levam a crer que se trata de Hannelore, pois uma tornozeleira encontrada no local foi reconhecida por seus familiares.

Não havia sinais de violência ou perfurações no corpo, mas uma fratura na região da cabeça. Os membros foram dilacerados e a suspeita é de que tenha sido com uma pá. O laudo oficial da causa da morte, com a identificação ficará pronto em 30 dias.

Profissionais do Instituto Médico Legal (IML) de Laguna enviaram um pedaço do fêmur e dentes da mulher para análise em Florianópolis. O delegado Raphael Giordani, de Imbituba, responsável pelo caso, pediu a prisão preventiva do policial militar. “Ele é o principal suspeito da morte e do ocultamento do corpo”, reconhece o delegado.

As imagens do caixa eletrônico de uma agência bancária em Tapes (RS) mostram Ênio, no domingo, no momento em que sacava R$ 1 mil de uma conta conjunta com a companheira. Isso ocorreu depois que as famílias relataram o desaparecimento do casal à polícia. O carro do acusado foi encontrado em uma estrada de acesso à praia sul de Itapirubá, ainda no domingo. Ênio Sebastião de Farias, 50 anos, foi preso em uma pousada na BR-158 em Santana do Livramento (RS), por volta das 23h30min de ontem.

Entenda o caso e a vida conturbada do casal

Segundo o Jornal Notisul, um Cross Fox foi localizado atolado em uma estrada de acesso à praia sul de Itapirubá, no domingo. O carro foi identificado como de propriedade do sub-tenente Ênio Sebastião de Farias, 50 anos, da Polícia Militar de Florianópolis.

No porta-malas, havia marcas de sangue e o celular dele foi encontrado dentro do veículo, que estava com os pneus vazios e sem bateria. A casa do policial fica a dois quilômetros do lugar. Sua companheira, Hannelore Siewert, 40 anos, também estava desaparecida.

Diante disto, iniciaram as buscas pelo casal, por terra e mar, com a ajuda dos bombeiros militares, mergulhadores, polícias civil e militar, com cães farejadores e o helicóptero Águia. O casal vivia em união estável há cerca de 18 anos. As investigações da Polícia Civil apontam que os dois vivenciavam uma história de amor e ódio, brigavam muito e havia uma situação de ciúmes com rompimentos e voltas. 

Hannelore é professora nos Colégios João Guimarães Cabral e André A. de Souza. O sub-tenente trabalha no museu da PM, em Florianópolis, e falta pouco para a sua aposentadoria. O último contato feito com familiares foi na noite da última sexta-feira, quando ele telefonou para a ex-mulher, para falar com o filho.