Segurança

Criadora de página sobre adoção que estava na mira da polícia se apresenta na delegacia

Na última semana a Polícia Civil passou a investigar uma página do Facebook intitulada “Quero adotar um bebê em Criciúma”. Desde quinta-feira a página foi excluída, porém, as investigações continuaram. Conforme reportagem do site Clicatribuna, na manhã desta segunda-feira a criadora da Fan Page se apresentou na Divisão de Investigação Criminal (DIC) em Criciúma. De acordo como delegado André Milanese, ela tem 31 anos e explicou que o objetivo da página era apenas realizar uma troca de experiências e informações sobre adoções na região.

“Já na quinta-feira nós solicitamos a quebra do sigilo telemático desta homepage para descobrir quem tinha criado e isso está no fórum aguardando decisão. Mas hoje pela manhã se apresentou na delegacia a pessoa que criou a página, uma mulher de 31 anos de Criciúma, e ela explicou que criou essa homepage no Facebook com o objetivo trocar experiências e informações sobre mulheres da região que queriam adotar uma criança. Ela disse que não tinha nenhum objetivo ilícito de praticar crime com essa homepage”, salienta a autoridade policial.

Mulher queria adotar legalmente uma criança

Segundo Milanese, a mulher já possui família constituída e tinha a intenção de adotar mais um filho, mas não se utilizaria da página para isso. “Ela falou que já possui dois filhos biológicos e tinha interesse em adotar um terceiro filho. A princípio ela possui uma família constituída e tudo leva a crer que realmente o objetivo dela era esse, apenas trocar informações”, comenta.

Conforme o delegado, ela já esteve no fórum a para realizar seu cadastro para entrar na fila de adoção. “Antes de criar a homepage ela tinha estado no fórum, conversou com a assistente social e já tinha deixado o nome dela na listagem para fazer o curso de adoção, que é um pré-requisito para entrar na fila. Ela disse que a página era apenas para trocar informações sobre adoção e não praticar o crime”, ressalta.

Investigações continuam

As investigações sobre esse caso ainda continuam até que seja confirmado que não houve irregularidades ocasionadas pela página criada pela criciumense. “Nós aguardamos as informações do Facebook para ver se realmente não foi praticado nenhum crime com essa homepage e se isso se confirmar o caso será encerrado”, finaliza o delegado.

Entenda o caso

A página intitulada “Quero adotar um bebê em Criciúma” foi criada em 9 de julho e já continha postagens de interessados, tanto em adotar como em doar uma criança. Nas postagens não havia depoimentos em relação à troca por dinheiro, ou algo semelhante contendo valores. Com 23 “curtidas”, a página também constava comentários negativos contra a prática de adoção ilegal.

Na antiga página havia alguns comentários onde, aparentemente, uma adoção ilegal de uma criança de dois meses de Aracajú (SE) era negociada. Em outra postagem, uma mulher de São Paulo, que se diz casada há 13 anos, solicitou o contato de quem queria doar um “bebezinho”. Outra mulher de Imperatriz (MA) também disse na rede social que queria doar o filho.