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Criciúma: A luta para a volta do transporte coletivo

Presidentes de Associações de Moradores colocam as dificuldades de deslocamentos dos bairros para o Centro da Cidade.

Divulgação

Neste período de pandemia do novo coronavírus, um dos serviços que está fazendo mais falta para a cidade e para as pessoa é o transporte coletivo. Há mais de dois meses sem circular no município, as empresas começam a sentir a crise financeira apertar e a pensar em demitir os motoristas e cobradores já que não existe uma previsão para o retorno. Os moradores dos bairros de Criciúma também estão desesperados para a volta do transporte, pois a grande maioria trabalha no Centro e precisa do serviço para o deslocamento.

O presidente da Associação de Moradores do Bairro Quarta Linha, Alberto Pereira Viana, explica que a situação está complicada, pois a Quarta Linha fica um pouco mais afastada do Centro e fica impossível fazer o trajeto a pé. Segundo ele, 80% dos moradores trabalham no Centro e dependem do transporte para conseguir chegar nas empresas.

Alberto aponta algumas alternativas criadas pela população para realizar o deslocamento. Uma delas é a carona solidária, com os trabalhadores se revezando com o próprio veículo para conseguir chegar no trabalho. “Se mais de um do grupo tiver carro, eles dão caronas para os outros e no outro dia segue o rodízio”, explica.

O presidente da Associação também relata que muitas empresas estão pagando os motoristas de aplicativos para que os funcionários consigam chegar ao trabalho. “Sem contra os fretans vans para conseguir chegar até a empresa”, pontua. Segundo ele, a volta do transporte deve ocorrer de forma imediata.

Ele sugere algumas alternativas para maior segurança dos passageiros como a diminuição dos horários priorizando mais os horários de pico e colocando mais veículos a disposição para não haver superlotação. “Desta forma, eles teriam mais tempo para fazer a higienização nos ônibus, que ficariam mais tempo parados no estacionamento”, sugere.

População está desesperada com a falta do serviço

O presidente da Associação de Moradores do Bairro Ana Maria, Joares de Jesus, coloca que está mais do que na hora da volta dos ônibus. Segundo ele, a população está desesperada sem o transporte, pois está pagando mais caro para chegar no trabalho. “Alguns critérios precisam ser implantados, mas o transporte tem que voltar o mais breve possível”, defende Joares.

Também o presidente da Associação de Moradores do Bairro Wosocris, Valmir de Souza, defende a volta do transporte o mais rápido possível. Segundo ele, que tem uma empresa de conserto de aparelhos de eletrodomésticos, não tem conseguido trabalhar devido ao grande número de pessoas que o procuram pedindo ajuda para se deslocar ao Centro da Cidade. “Se mantiver esta paralisação vai dificultar ainda mais o retorno, principalmente para a empresa”, pontua.

Com informações do site TNSul

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