Economia

Criciúma Construções anuncia novidades para recuperação da empresa

Construtora garantiu que verbas trabalhistas serão pagas no ano que vem. Clientes lesados pela empresa fazem associações para tocar obras.

Foto: Divulgação

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O gestor judicial da Criciúma Construções anunciou novidades sobre o andamento do processo de recuperação judicial da empresa. Ele falou em acordos com associações de clientes que se uniram para tocar as obras, como mostrou o Jornal do Almoço deste sábado (21).

A construtora quebrou há um ano e meio deixou quase 9 mil lesados em várias cidades de Santa Catarina e também do Rio do Sul. Conforme o site G1 SC, ela tinha 94 empreendimentos

O destino da Criciúma Construções deve ser decidido em março de 2016. Os credores vão decidir se aprovam o plano ou se a construtora vai decretar falência.

"A ideia dorsal do plano é pagar os trabalhadores, conforme a lei, até 12 meses após a aprovação do plano, repassar os empreendimentos possíveis de serem repassados e os demais credores a serem pagos com um prazo um pouco mais esticado com uma redução de 20%, se não estou enganado nos valores", disse o gestor judicial, Zanoni Elias.

Ele também falou do pagamento das rescisões dos 400 trabalhadores demitidos. O contrato firmado em junho não foi cumprido e a empresa ainda deve pelo menos R$ 3,5 milhões para esses trabalhadores.

“Eu não posso adiantar muitas coisas neste momento agora, mas eu já posso garantir que as verbas trabalhistas da Criciúma Construções irão ser satisfeitas no decorrer do ano que vem”, afirmou Elias.

Quando a construtora quebrou, muita gente perdeu a esperança de perder as chaves. Muitos desses proprietários se reuniram em associações para terminar as obras que ficaram pela metade.

“Algumas obras já estavam quase prontas. A própria associação que foi montada concluiu o empreendimento. Agora a gente está fazendo um acordo para verificar o que eles gastaram para concluir, eu estou fazendo auditoria externa em cada desses empreendimentos para ver o que a associação ou a Criciúma têm de recebíveis naquela obra. É por isso que é importante o agrupamento dos clientes, seja através de associação, até para gastar menos, ou em condomínio, que é o que realmente depois a gente pode firmar algum acordo”, explicou o gestor.

Foi o que fez a Marina. Ela e os outros proprietários criaram um condomínio e já conseguiram os documentos e a autorização para tocar a obra. Até a construtora já foi contratada e tem prazo de 10 meses para concluir os trabalhos.

“A princípio, a gente já realizou um cronograma para verificar quais serão os pontos de destaque que a gente vai começar a atuar. Na semana que vem, iniciaremos primeiramente com a limpeza", disse a gerente-administrativa da construtora contratada, Bruna Massiroli.