Economia

Criciúma Construções: dívida trabalhista é tratada em assembleia

Pagamento aos ex-trabalhadores somente após aprovação do plano de recuperação

Foto: Marcelo de Bona / Portal Engeplus

Foto: Marcelo de Bona / Portal Engeplus

O pagamento da dívida trabalhista da Criciúma Construções foi tema de uma assembleia na noite dessa quinta-feira (18). Na reunião, realizada na sede do Sindicato dos Ceramistas, a atual situação da empresa foi exposta aos ex-trabalhadores.

De acordo com o gestor judicial da Criciúma Construções, Zanoni dos Santos Elias, a assembleia foi muito positiva. “O pessoal ficou muito contente com a minha presença. Deu para ver que eles acreditam muito no trabalho do gestor judicial. Estão todos ansiosos aguardando o pagamento, mas confiantes porque viram que o negócio está andando. Desde que assumi a empresa, o primeiro objetivo foi ajustar o quadro de pessoal com a atual realidade. Enxugamos bastante, hoje temos somente 15 funcionários, um custo bem baixo. O que possibilitou pensar nos próximos compromissos, entre eles os trabalhadores”, comenta o gestor judicial.

Em função de pendências com ex-colaboradores de outras cidades de Santa Catarina e do Rio Grande do Sul, conforme o Portal Engeplus, não existe um número exato para a dívida trabalhista da Criciúma Construções. Mas, atualmente, é estimada em R$ 8 milhões. Boa parte deste dinheiro já está disponível no caixa da empresa. No entanto, o pagamento aos ex-funcionários somente terá início logo após a aprovação do plano de recuperação judicial.

A votação acontecerá em assembleia geral dos credores, agendada para o dia 22 de março, uma terça-feira, às 14 horas, na Acic, em primeira chamada. A segunda chamada acontecerá uma semana depois, no dia 29 de março, no mesmo horário e local.

“Começamos a fazer uma poupança, em função da cobrança dos recebíveis dos clientes, para fazer uma proposta de liquidação destes débitos trabalhistas. Temos um valor considerável, que alcança quase o total da dívida trabalhista. Porém, estamos angariando os recursos que ainda faltam. Após a aprovação do plano, o prazo máximo de pagamento é 12 meses. Contudo, podemos pagar imediatamente. Antes da aprovação do plano não sei se existe um caminho legal para o pagamento. Mesmo tendo o dinheiro, talvez não tenha a possibilidade de pagar os débitos trabalhistas, que são a nossa prioridade número 1. No momento em que a lei permitir, vamos fazer a proposta de liquidação do valor das verbas rescisórias, das multas de 50%, e da correção com os juros legais”, informa Zanoni Elias.