Segurança

Criciúma registra aumento de 50% nos índices de assalto a veículos

Foto: Daniel Búrigo/Arquivo Clicatribuna

Foto: Daniel Búrigo/Arquivo Clicatribuna

A motorista assaltada no começo da noite da última quarta-feira,10, no Bairro Santa Bárbara, em Criciúma, evidencia o alto índice de criminalidade na cidade. Segundo a Polícia Civil, houve um aumento de 50% no número de roubos a veículos no município em relação ao ano passado.  De janeiro a novembro de 2014 foram 78 casos, já janeiro a novembro deste ano, foram 118, sem considerar o índice do mês de dezembro.

Para o delegado responsável pela Divisão de Furtos e Roubos da Divisão de Investigação Criminal (DIC) da Polícia Civil de Criciúma, Márcio Campos Neves, o quadro é assustador. O roubo do carro geralmente é para ser usado em outro crime maior, posteriormente, ou então é uma questão de status para quem pratica a ação. “Eles usam o veículo para roubar algum lugar e o abandonam em seguida. Geralmente quem faz essa primeira abordagem é um adolescente, pois é sabido que ele ficará impune”, afirmou Neves. E o alvo dos adolescentes geralmente são mulheres. “As mulheres são alvo mais fáceis, pois representam menos riscos para eles, que querem menos trabalho”, declarou.

Mesmo com a sensação de insegurança, Neves destaca que no primeiro semestre de 2015 houve a prisão de uma quadrilha especializada em roubos a veículos na cidade, que reduziram os índices. “Se analisarmos de janeiro a junho de 2014 e janeiro a junho de 2015, os índices aumentaram 120%, com essa prisão, conseguimos diminuir um pouco”, afirmou. Além disso, um índice positivo é o de recuperação dos veículos roubados e também furtados, que se estima que está em torno de 80%. “Isso é muito bom, pois há menos carros para desmanches, menos carros clonados”, frisou.

Para solucionar e evitar que casos como esse ocorram, o delegado divide em duas etapas. Em curto prazo, está em relação a estrutura atual da Polícia em Criciúma. “Nós estamos sobrecarregados. Estamos com uma estrutura mínima, o efetivo da Polícia não acompanha o avanço da população, para atender adequadamente a demanda. As pessoas querem que seu caso seja resolvido para hoje e para isso precisamos mais de polícia, mais efetivo…”, destaca. A médio e longo prazo, a autoridade policial estabelece linhas de políticas públicas. “É um problema social, não apenas de polícia, são questões culturais, questões sociais como a presença da família, órgãos da sociedade como igrejas, ONGs, que isso não se muda da noite para o dia”, concluiu.

Entre as recomendações da Polícia, a principal é sempre evitar reagir a um assalto; prestar bastante atenção na hora de chegar em casa, principalmente à noite, e, se possível, algum familiar esperar na garagem. Nos semáforos à noite, ficar atento e geralmente ir parando lentamente até chegar ao semáforo para ficar menos tempo parado. Investir em segurança também ajuda, como colocar o veículo no seguro e botar um rastreador.

Com informações do Portal Clicatribuna