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Criciúma tem 33% de aumento nos casos ativos de coronavírus

Em todo o Estado há o temor por disparo nas novas contaminações; Fecam cobra o governo estadual.

Divulgação

Acende um alerta às instituições catarinenses a possibilidade de um aumento considerável de casos de coronavírus. Em meio às incertezas de um período na transição do governo estadual, órgãos como a Federação Catarinense dos Municípios (Fecam) manifestaram preocupações com o relaxamento às medidas restritivas e cobraram ações de fiscalização nas cidades e uma campanha de conscientização do Estado.

Ontem, a Fecam emitiu uma nota sobre a preocupação quanto aos números de Covid-19 no Estado; houve um aumento de mais de 27% de casos ativos na última semana. Em Criciúma, também há aumento nos índices nos últimos dias.

De acordo com levantamento feito pela reportagem, embasado nos boletins epidemiológicos diários divulgados pela prefeitura, houve um aumento de 33% nos casos ativos no município entre 26 de outubro (quando haviam 175 contaminados com o coronavírus) e 2 de novembro, quando chegou à marca de 233.O boletim epidemiológico de ontem aponta para novo aumento: agora são 252 casos ativos.

Especialistas da saúde temem pela piora do quadro de pandemia, após uma constante de quedas e regressões no risco no mapa estadual. Aglomerações como a da Praia do Rosa no feriado de 12 de outubro foi um dos casos mais emblemáticos.

Na ocasião, a prefeitura de Imbituba alegou não ter estrutura para exercer uma fiscalização mais rígida no município. A nota da Fecam de ontem cita essa dificuldade das administrações municipais e cobra uma ação estadual de conscientização. “A autoridade sanitária do(s) município(s) não tem estrutura, não tem profissionais para impedir e fiscalizar todas as aglomerações”, mencionou o diretor executivo da Federação, Dionei Walter da Silva.

A governadora em exercício, Daniela Reinehr, envolveu-se em polêmica no feriado de Finados, quando havia o temor de novas aglomerações. No Twitter, ela reforçou o uso de máscaras pela população, mas apagou a mensagem após receber críticas do deputado estadual Jessé Lopes. Em Florianópolis, permanece incerta a permanência de André Motta Ribeiro após o afastamento de Carlos Moisés.

O governador foi cobrado por grande parte do setor produtivo durante as principais medidas de restrição impostas pelo Estado. Em setembro, quando ainda tramitava inicialmente o processo de impeachment e havia a possibilidade da saída também de Daniela, Motta Ribeiro disse que o afastamento do governador poderia representar regressões no combate à pandemia.

“Talvez tudo que tenha sido feito, talvez até por outros entendimentos, possa ser destruído. E aí a nossa sociedade vai ficar à mercê sei lá do que vai acontecer ali na frente. Nós temos, sim, essa preocupação de descontinuidade, e é nesse sentido que nós estamos trabalhando, para evitar que isso aconteça, porque não é justo, não é digno que o Estado de Santa Catarina esteja passando por esse momento tão triste da sua história”, disse o secretário à NSC em setembro.

Desde a saída de Moisés, Motta Ribeiro fez apenas um pronunciamento nos canais oficiais do governo sobre a pandemia, no empréstimo de respiradores de Santa Catarina ao Amazonas. “Nosso Estado é considerado aquele que realiza o melhor enfrentamento à pandemia de Covid-19. Esse auxílio que estamos fornecendo a outro estado neste momento de necessidade mostra o quanto acertamos em nossa estratégia”, afirmou André Motta Ribeiro.

Na última atualização do mapa estadual de pandemia, no dia 26 de outubro, oito regiões estão no risco alto de pandemia, incluindo a Amesc. As demais estão no risco alto, como a Amrec.

Em Criciúma, há 11 internados em UTI com suspeita ou caso confirmado de Covid-19, um aumento de quase 100% se comparado ao índice do dia 28 de outubro. De novos casos de coronavírus, a última semana registrou o maior aumento das últimas cinco. Na segunda-feira, eram 7.813 casos totais de contaminados: foram mais 332 pessoas com o vírus.

Com informações do site TNSul

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