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Criciúma tem destaque em rede nacional por fraudes em sindicato

Foto: Mateus Mastella/Arquivo Clicatribuna

Foto: Mateus Mastella/Arquivo Clicatribuna

Um caso que já vem ganhando espaço na mídia regional há alguns meses se tornou, na noite de ontem, assunto de destaque em rede nacional. Em reportagem especial sobre desvio de verba em sindicatos de trabalhadores por todo o país, o programa Fantástico, da Rede Globo, citou a situação do Sindicato dos Mineiros de Criciúma. Na matéria, vinculada no quadro “Cadê meu dinheiro que estava aqui?”, um repórter secreto que esteve na cidade mostrou detalhes sobre o histórico de fraudes registrado na instituição. A reportagem, que teve duração de pouco mais de dez minutos, destacou por aproximadamente 1min30seg o assunto regional.

Conforme os dados colhidos, uma auditoria já comprovou que existem mais de R$300 mi de dívidas em nome do sindicato e mais de R$ 40 mi foram desviados. Entrevistado pelo programa nacional, o atual presidente da Cooperminas, Juliano Medeiros, afirmou que já ficou comprovado que os balanços do sindicato eram fraudados. “O próprio contador na época em uma assembleia geral falou e admitiu que era forçado a maquiar o balanço”, afirmou.

Além dos desvios, a matéria citou a violência que envolve o assunto na cidade, já que o atual presidente do Sindicato já sofreu um atentado e sofre constante ameaças e o ex-vice- presidente foi assassinado em 2014.

Os números divulgados em rede nacional são alarmantes. De acordo com o material, atualmente o Brasil conta com 11 mil sindicatos, sendo que, destes, quarto mil estão sob investigação.

Eleições suspensas

O empasse que envolve a categoria teve início em 2014, quando a antiga diretoria, que estava a frente da instituição há mais de 20 anos, foi tirada do poder em uma Assembleia Geral. Desde então, comissões foram empossadas para liderar o sindicato temporariamente até que uma nova eleição fosse realizada.

Conforme divulgado pelo Jornal A Tribuna e citado pelo programa nacional, no dia 24 de setembro de 2014 uma confusão movimentou a sede do sindicato, quando uma primeira eleição considerada irregular estava sendo realizada mesmo após determinação contrária do Ministério Público do Trabalho. Desde então, o grupo continua sem respostas com relação a diretoria oficial. Previstas novamente para o início de junho, a nova votação foi novamente suspensa no último dia 23 de maio. O impasse mais recente teve relação com funcionários da Cooperminas no pleito e partiu de uma liminar concedida pela desembargadora do Tribunal Regional de Santa Catarina (TRT-SC), Gisele Pereira Alexandrino. Em janeiro, a instância da Justiça do Trabalho havia definido a eleição excluindo a participação dos membros da mineradora.

Polícia Civil, Ministério Público Estadual e Federal e Ministério do Trabalho trabalham no caso.

Com informações do Portal Clicatribuna