Saúde

Criciúma volta a registrar óbitos de Covid e casos ativos aumentam

Preocupação com a pandemia retorna à medida que o inverno se aproxima

Divulgação

Duas pessoas morreram por Covid-19 em Criciúma no último domingo. As vítimas foram dois idosos: um homem de 69 anos e uma mulher de 65. A cidade estava sem registrar vítimas da doença desde o dia 14 de abril, há cerca de um mês de meio. O número total de mortes subiu para 725.

Criciúma também contabiliza aumento em novas infecções. O boletim epidemiológico divulgado ontem mostra que existem 311 casos ativos de coronavírus momentaneamente. Há uma semana, na última terça-feira, eram 180 – um aumento de 131 infectados. Desde o início da pandemia, o número de pacientes positivados é de 52.123, dos quais 51.087 já estão recuperados.

Os dados referentes à pandemia voltaram a causar preocupação. A chegada do inverno e o relaxamento para com os cuidados sanitários são apontadas como as causas para o vírus voltar a se disseminar entre a população. A taxa de casos ativos é a mais alta registrada em Criciúma desde o início de março.

“São esses os fatores principais. A gente espera que no inverno as doenças infecciosas respiratórias acometam mais pessoas. É um período que exacerba mais asma, enfisema pulmonar e doenças virais, seja influenza, Covid ou outros tipos de vírus. Era o esperado, mas estamos observando uma proporção de casos positivos de Covid bem importante, que deve ser levada como um alerta”, aponta o médico pneumologista Fábio Souza.

De acordo com o especialista, este é o momento de os cuidados serem redobrados. Principalmente, aos que apresentarem os sintomas relacionados ao coronavírus. “Não estamos mais utilizando máscaras em ambientes fechados. É importante relembrarmos o aprendizado que a pandemia trouxe. Os mais vulneráveis seguem sendo os idosos e os pacientes com comorbidades. O mais importante é ter a prudência de usar a máscara como uma protetora. Eu te protejo, e você me protege. O mesmo vale para o álcool em gel. Existe a possibilidade de atingirmos novos picos significativos e retrocedermos”, comenta.

Número de internados não aumenta

Apesar do avanço no número de positivados, as internações não subiram na mesma proporção. Atualmente, 10 pacientes estão internados com Covid-19 em Criciúma. Nenhum deles está em Unidade de Terapia Intensiva (UTI). Em comparação a última semana, são três internações a menos.

O pneumologista voltou a destacar a importância da vacinação neste processo. “Ainda estamos com os indicadores baixos nas doses de reforço. Não podemos nos esquecer da vacina. Se deixarmos de realizarmos as vacinas, fatalmente o número de acometidos voltará a crescer. Esse é o principal reflexo”, salienta.

Criciúma aplicou, até o momento, 446.032 doses do imunizante. Destas, 191.350 direcionadas a primeira, 171.250 a segunda e 83.432 para a de reforço. Em crianças de cinco a 11 anos foram 10.334 aplicações: 7.083 para a primeira e 3.251 a segunda.

Início da dose de reforço em adolescentes

A Secretaria de Saúde de Criciúma iniciou ontem a aplicação da terceira dose da vacina contra a Covid-19 em adolescentes. A ampliação da imunização segue nota técnica do Ministério da Saúde e as vacinas já estão disponíveis nas Unidades Básicas de Saúde (UBSs) com sala de vacina. “A aplicação desta dose de reforço pode ser feita após um intervalo de quatro meses após o recebimento da segunda dose. Imunização que é importante para manter baixos os índices da doença e evitar casos de maior gravidade”, frisa Arleu da Silveira, secretário de Saúde.

Com a ampliação, adolescentes de 12 a 17 anos já podem receber a terceira dose, desde que respeitando o intervalo. “Para saber se já está na hora de receber uma nova dose, basta acessar a calculadora do portal Minha Vacina”, completa. A plataforma pode ser acessada pelo minhavacina.criciuma.sc.gov.br.

O gerente de Vigilância em Saúde de Criciúma, Samuel Bucco, ressalta que o reforço da imunização é essencial no enfrentamento ao vírus. “Sabemos que, a partir de quatro meses, o efeito do imunizante tende a diminuir, reduzindo mais significativamente a partir de cinco meses. Por isso, para mantermos o cenário estável, e seguir com a redução no número de casos e internações, as pessoas devem continuar procurando os postos para se imunizar”, pontua.

Para se vacinar, o adolescente precisa ir até uma unidade, acompanhado de um responsável, e apresentar cartão nacional do Sistema Único de Saúde (SUS).

Com informações do NSCTotal

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