Educação

Crise

Foto: Divulgação Internet

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Ser otimista é uma das maiores características do povo brasileiro. Prova disso é que, quase unanimemente, seguimos a lição que diz: “não fale em crise, trabalhe”.  Entendemos que crise é um momento de decisão, difícil, pois somos chamados a fazer escolhas que levarão à geração de mudanças e transformações. Ela pode ser econômica, institucional, política, familiar, moral, enfim pode se abater em qualquer segmento social, cabendo ao líder o compromisso de administrá-la buscando soluções para pôr fim ao impasse instalado no determinado contexto, sem, contudo transferir as responsabilidades do problema criado por falta de competência.

Essa introdução é apenas uma base para falar um pouco da crise que se abateu sobre o  povo brasileiro. Não tem como negar que estamos vivendo, talvez, a maior crise da história, não por falta de recursos, mas sim pela incompetência da gestão econômica, pela roubalheira instalada, pela corrupção desenfreada. O Brasil é um país muito rico levando-se em conta os rombos que estão sendo feitos nos cofres públicos nos últimos anos. Não se fala mais em milhões, mas bilhões, trilhões, sem contar com a imagem negativa  que está sendo levada ao mundo, do país que poderia ser o melhor para se viver.  No ranking mundial somos hoje um dos países que mais arrecadam impostos, mas no retorno para a sociedade ocupamos uma posição vergonha, pela deteriorização das contas públicas. É absurdo conviver com a certeza de que 35% do que o país produz é só para cobrir os rombos nos gastos públicos.

É preciso buscar alternativas para resolver a situação. E qual é o caminho? Mais uma vez a solução está no bolso do trabalhador, que se vê obrigado a buscar uma segunda, terceira fonte de renda para dar conta dos compromissos honestamente. Fala-se em aumentar o imposto de renda, instituir contribuição sobre combustíveis, criar imposto provisório, fazer reforma do sistema previdenciário, e muitas outras medidas que sufocariam a base da pirâmide, mas não se fala em cortes com gastos  desnecessários como: redução de ministérios, extinção de cargos comissionados, e por que não a redução dos altos salários consumidos por uma minoria privilegiada?   

O ministro Levy na tentativa de  justificar a possibilidade do aumento de impostos, em  entrevista na Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico, uma organização internacional de 34 países dentre eles Japão, Suiça, Suécia, Italia, França. Alemanha, Áustria, declarou que em relação aos  paises da OCDE o Brasil paga menos imposto de renda sobre a pessoa física. Contudo, ele esqueceu que nesses países o cidadão não tem gastos com saúde, educação, segurança. Lá pagar imposto é investimento que retorna em forma de qualidade de vida, ao contrário do Brasil  onde pagamos cada dia mais  para sustentar a roubalheira.