Segurança

Dados sobre criminalidade são explanados na subseção da OAB

Tenente-coronel Márcio Cabral apresentou números do período em que ficou à frente do Batalhão da Polícia Militar de Criciúma

A subseção criciumense da Ordem dos Advogados do Brasil – OAB recebeu uma visita especial nessa tarde. O tenente-coronel Marcio Cabral falou para a diretoria da instituição, para advogados e demais interessados sobre o período em que ficou à frente do Batalhão da Polícia Militar de Criciúma.

Além disso, ele também destacou alguns pontos com relação à criminalidade na cidade. Na oportunidade, o presidente Ordem, Luiz Fernando Michalak, agradeceu a presença e a parceria do profissional durante os últimos anos. “Sempre que precisamos pudemos contar com o seu auxílio. Com certeza deixará um legado muito especial ao nosso município”, pontua.

De acordo com Cabral, Criciúma tem, hoje, 10 áreas de vulnerabilidade social. “Para identificar estes pontos, alguns critérios foram analisados, como nível de renda e escolaridade dos moradores, número de mandados de prisão a serem cumpridos no espaço territorial, número de ocorrências, entre outros”, explica.

Essas áreas, de acordo com ele, seguem sempre pelo mesmo caminho. “Primeiro vem a desorganização social, com locais sendo invadidos; depois surge a anomia, que é a ausência de respeito às normais sociais; e por último a subcultura delinquente”, enfatiza Cabral.

Ainda sobre a criminalidade, o tenente-coronel destacou que no ano de 2014 houve 96 trocas de tiros no município e 36 viaturas foram atingidas por arma de fogo em emboscadas, sendo que 16 delas no vidro da frente.

“Alguns fatores são os responsáveis pelo aumento de crimes em Criciúma. Há os básicos, que são educação, saúde, assistência social e infraestrutura, mas também outros pontos envolvidos, como a quebra das estruturas da polícia, a fragilidade da lei e a sociedade do consumo”, conta.

“Os jovens que moram nessas localidades querem comprar, querem ter as coisas da moda, mas não têm como, porque não têm dinheiro. E aí arrumam formas, por caminhos tortuosos, para conseguir o que desejam”, complementa.

Colaboração: Samira Pereira / Ápice Comunicação

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