Segurança

Delegado confirma que jovem preso na última sexta-feira foi mesmo o autor do crime

Foto: Cyntia Amorim/Engeplus

Foto: Cyntia Amorim/Engeplus

Após a prisão do acusado de estuprar e matar a jovem de 17 anos Vivian Lais Philippi, o delegado responsável pelo caso, Rafael Iasco, se manifestou pela primeira vez em coletiva de imprensa. Conforme o site Engeplus, Iasco contou como procedeu as investigações e o que levou a Polícia Civil de Içara a crer que o tal jovem de 18 anos, que segue detido desde a última sexta-feira, seria o responsável pelo crime

Entenda como procedeu o inquérito policial – Depoimentos de vizinhos, amigos e familiares foi o primeiro passo para a polícia ter chego ao autor. Iasco disse que parou todas as investigações dos outros casos em andamento para focar a força policial de Içara neste crime, que chocou não só a cidade, mas toda a região.

Alguns depoimentos esbarraram no nome do autor do crime, porém nada de concreto para provar a culpa. A polícia teve conhecimento de que o jovem não tinha ido trabalhar no dia do crime e que, também, teria se mudado de Içara para Criciúma para morar com uma namorada, após o acontecimento. Mesmo com estas evidências, foi somente depois de uma denúncia anônima (que indicava o nome dele por telefone) que a equipe de investigação fez a abordagem.

Na abordagem policial, a equipe conseguiu convencê-lo de fazer os exames e acompanhá-los até a delegacia. “Na delegacia, uma testemunha que teria visto um jovem caminhando na região onde aconteceu o crime, estava aguardando para fazer a identificação. Nessa hora, a testemunha começou a passar mal e a chorar o que, para nós, confirmou ainda mais o crime”, ressaltou o delegado.

Neste dia, o jovem ainda foi liberado. Somente quando chegou o laudo com o exame é que a equipe efetuou a prisão. “Com a testemunha e a comprovação de que o material recolhido da unha da vítima era o mesmo DNA do suspeito, não houve mais dúvidas. Para a Polícia Civil foi ele quem estuprou e matou a Vivian”, frisou Iasco.

Agora, o acusado segue preso e aguardará o julgamento. Os pais tiveram a permissão de ficar alguns minutos com o jovem. Mas o mesmo disse que só falaria na frente do juiz. O delegado mencionou ainda que o acusado teria colocado a culpa no irmão de 14 anos. Mas ao interrogá-lo, o mesmo disse que nem tinha contato com o irmão. "Ele falou que os dois nem se falavam, um morava com o pai e outro com a mãe. Nós também chegamos a conclusão de que o porte do adolescente não seria suficiente para imobilizar a vítima", explicou.

Família fica em frente à delegacia – Enquanto o delegado se pronunciava à imprensa, a família também esteve em frente a delegacia. Apesar de estarem mais confortáveis com a prisão, estavam indignados com a possibilidade de ele ser solto em cinco anos, por ser réu primário. Os pais também mencionaram a possível troca de presídio do acusado, para proteger sua integridade física.

“E a integridade física da minha filha? Como ele pode ter esse direito depois de tudo o que fez? Eu quero respostas. Um monstro desse não devia ter defesa dos Direitos Humanos, porque ele não é humano”, disse a mãe de Vivian, Ana Luíza Müller Phillipi.

Após o delegado falar com a imprensa, Ana Luíza conversou um pouco com o delegado. O trabalho da Polícia Civil de investigar o caso foi encerrado, mas agora ainda falta a parte judicial. Que determinará se ele será condenado ou não e, também, definirá o tempo da pena de reclusão. O acusado responderá por estupro e homicídio qualificado.