Segurança

Detento morre eletrocutado em presídio de Tubarão

A vítima realizava obras de construção na unidade, de acordo com os bombeiros militares.

Foto: Divulgação/Notisul

Foto: Divulgação/Notisul

Um presidiário morreu eletrocutado ontem no Presídio Regional Masculino de Tubarão, enquanto realizava serviços de alvenaria. Os bombeiros militares foram acionados para ajudar a retirar o corpo da laje, que fica a três metros de altura. O médico da ambulância que fez o atendimento constatou a morte no local. O Instituto Médico Legal – IML recolheu o corpo.

De acordo com o delegado Danilo Bessa Brilhante, somente com a conclusão dos laudos do Instituto Geral de Perícias – IGP – sobre o local – e do IML – com a causa da morte – será possível determinar se será necessário realizar uma investigação.

Em contato com o presídio, uma funcionária informou que a diretora Maira de Aguiar Montegutti não se encontrava ontem à tarde na unidade, nem os chefes de segurança. Portanto, ninguém se manifestou sobre o caso.

Em maio do ano passado, um caso semelhante ocorreu no mesmo presídio. Um detento limpava a cela quando um fio elétrico despencou do teto, atingiu o chão molhado e ele perdeu a vida.

Inclusive, esse foi um dos temas abordados pelo Notisul em uma entrevista com um ex-recluso, em abril último, sobre os problemas que vivenciou. “Aquilo é cheio de ‘gambiarra’. Uma tomada para 15 homens não dá. Eu vi quando tentaram fazer massagem cardíaca nele, mas já era tarde demais”, lamentou, ao lembrar da morte ocorrida em maio.

A situação estrutural

Há dois meses, Maira se reuniu com a secretária de estado da Justiça e Cidadania, Ada De Luca, em Florianópolis. A conversa teve teor de denúncia por parte da gestora, que é agente penitenciária de carreira. Ela relatou à secretária que a situação estrutural do presídio está com críticos problemas. O foco seria o semiaberto, inaugurado em novembro de 2010.

O complexo tem capacidade para 372 reeducandos, mas chegou a ter 560 em setembro do ano passado. Infiltrações, goteiras e muita umidade nas celas, principalmente, foram alguns dos tópicos abordados no encontro. Ficou definido que o engenheiro da secretaria deveria fazer uma inspeção no presídio para identificar os problemas, estudar as soluções e depois colocá-las em prática.

A redação tentou um contato para descobrir se o engenheiro esteve no Presídio Regional, mas não obteve respostas.

Com informações do Jornal Notisul