Menino tem síndrome de Down e já enfrentou muitas dificuldades ao longo dos seus seis aninhos de vida
Ele ama sorvete e bichinhos de pelúcia, adora dançar muito e brincar de bola. Miguel Pinter Fernandes, completou 6 anos no natal passado e trouxe alegria e união para a família desde o nascimento.
“Confesso que jamais imaginávamos, mas ele trouxe muita união e muita fé pra nossa família toda. No início foi um susto pra todos, porque não conhecíamos muito sobre esse mundo totalmente novo, tivemos que ir aprendendo e nos adaptando tudo junto com ele conforme suas necessidades”, conta a mãe de Miguel, Daniela Pinter Fernandes, 41, moradora do bairro Guarda M.E, em Tubarão
A gravidez de Daniela foi normal até os sete meses de gestação, onde descobriu que Miguel tinha uma má formação no duodeno, o canal localizado após o estômago. Mas ela ainda não sabia sobre a Síndrome de Down. Ela só foi descobrir sobre a Síndrome de Down três dias depois do parto.
O Dia Internacional da Síndrome de Down (DISD) é observado em 21 de março de cada ano e foi criado pela Síndrome de Down Internacional (Down Syndrome International) e seu reconhecimento oficial pela ONU, Organização das Nações Unidas, foi proposto pelo Brasil. 21 de março (21/3) se refere às 3 cópias do cromossomo 21 que as pessoas com síndrome de Down têm.
Miguel nasceu no dia 25/12/2015, com 36 semanas numa cesárea de emergência. “Eu estava com risco de ter uma hemorragia. Daí veio toda luta pela vida dele: foi para a UTI e permaneceu lá por 3 meses. Ele operou o duodeno e não tinha melhoras, foi quando descobriram outra má formação no intestino: ele tinha megacólon”, explica Daniela.
Depois das cirurgias, Miguel ficou alérgico à proteína do leite. Essa foi outra luta enfrentada pela família, pois ele precisava de um leite especial que custava cerca de R$230,00 cada lata, e a família não tinha condições de arcar com o preço. “Foi então que Tubarão inteiro acabou conhecendo o Miguel e muitas pessoas nos ajudaram”, contou a mãe.
Depois, com 5 meses de idade veio a descoberta de que Miguel tinha catarata, o que é algo comum em quem tem Síndrome de Down; ele operou os dois olhos, tem visão subnormal e usa óculos de dez graus.
“Depois de toda essa luta ele começou a se desenvolver muito bem, sempre com todo tipo de acompanhamento médico”, ressalta a mãe. Miguel faz estimulações na APAE desde oito meses de idade e hoje estuda na primeira série do colégio Santo Anjo da Guarda.
“Lá ele é super bem acolhido, o tratam sem diferenças e sou muito grata às professoras dele, tanto à Joice, professora da turma toda, quanto à Marina, professora dois especial pra ele”, agradece. Miguel também faz também reforço particular de Terapia Ocupacional com a Pamella Cimatti.
Quando perguntada sobre o que ela diz às pessoas sobre isso, Daniela não pensa duas vezes. “Eu digo que é um mundo cheio de descobertas, onde eu aprendo a cada dia com ele. Ele veio pra me ensinar a ter a paciência de saber que tudo é um processo, que tudo tem seu próprio tempo para desenvolvimento. E me mostrar que o amor é o mais importante na vida, que não importa a quantidade de cromossomos. Ser diferente é o que faz a diferença no mundo”, finaliza.
Com informações do HCNotícias