Investigação de 90 dias deu origem à série de reportagens que começou a ser publicada nesta sexta-feira (12) com caderno de oito páginas e especial online
O Diário Catarinense iniciou a publicação de uma série especial na edição desta sexta-feira (12) com revelações inéditas sobre a organização criminosa Primeiro Grupo Catarinense (PGC), que se forjou nas cadeias do Estado aos moldes da máfia e orquestrou as duas ondas de atentados que aterrorizaram Santa Catarina em novembro de 2012 e fevereiro deste ano. O trabalho continuará a sendo publicado pelo DC, Diario.com.br, rádio CBN Diário e RBS TV nos próximos dias.
Nos últimos três meses, os repórteres Diogo Vargas e Felipe Pereira entrevistaram dezenas de pessoas e analisaram mais de 4 mil páginas de documentos, interceptações telefônicas, cartas, e decisões judiciais. O exame inclui também o inquérito sobre o PGC, que a Diretoria de Investigações Criminais (Deic) conclui nesta semana para envio à Justiça, indiciando 100 pessoas pelos 114 ataques terroristas ocorridos entre 30 de janeiro e 2 de março.
Sob o nome A Máfia das Cadeias, a série de reportagens que se inicia hoje, com a publicação de um caderno de oito páginas e um especial online, traz revelações inéditas sobre a facção forjada há 10 anos por traficantes, assaltantes, sequestradores e assassinos.
Os líderes do terror, organizados como uma empresa do mal, mantêm aliança com o Comando Vermelho, facção criminosa do Rio de Janeiro capitaneada pelo narcotraficante Fernandinho Beira-Mar. A guerra fria que a quadrilha catarinense trava com o Primeiro Comando da Capital (PCC), de São Paulo, pelo domínio das cadeias, põe a população na linha de tiro. A apuração dos repórteres vai contar como se dá a inominável participação de advogados na rede de comunicação entre a cadeia e as ruas, com a revelação de diálogos estarrecedores e inacreditáveis para uma sociedade que se imagina civilizada.
A análise das revelações exclusivas obtidas por Diogo Vargas e Felipe Pereira revelam que Santa Catarina ainda não está livre da ameaça do crime organizado. O governo do Estado, no entanto, afirma que a espinha dorsal dessa estrutura foi quebrada. A série de reportagens vai mostrar não apenas como o grupo nasceu e de que maneira a inoperância do Estado ao longo da última década acabou contribuindo para o crescimento da quadrilha, mas o que pode ser feito para dissipar de vez esta ameaça – no momento silenciosa – que paira entre policiais, promotores e juízes que estudam o caso de maneira sigilosa e diligente.
Ao jogar luzes na mais duradoura e perigosa organização criminal de Santa Catarina, o DC acredita estar contribuindo para, ao chamar a atenção ao problema, colocar a sociedade ao lado das autoridades encarregadas de pôr um ponto final neste capítulo nefasto da história do Estado. Acompanhe o especial online de A Máfia das Cadeias na editoria de Polícia do Diario.com.br.
Comunicação Corporativa/Núcleo RBS de Divulgação