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Dívida do Hospital de Caridade de Jaguaruna é de R$ 3,2 milhões

A diretoria está empenhada em reestabelecer as finanças e buscar recursos para equipar a instituição

Sede do Aeroporto Regional Sul, Jaguaruna precisa, com urgência, de uma série de investimentos em infraestrutura. O tempo urge e o empreendimento certamente será um chamariz para o crescimento regional, com instalação de empresas, movimentação de cargas.

E tudo o que tem bônus tem ônus. O desenvolvimento exige ampliação do sistema de abastecimento de água, esgoto e de energia, investimento em educação e saúde, por exemplo.

E é com esta última questão que a preocupação é um pouco maior. Hoje, o Hospital de Caridade e Jaguaruna é essencial para o atendimento da população da cidade e de Sangão. Com uma dívida que beira os R$ 3,2 milhões, sem as certidões negativas de débito e sem a contratualização do Sistema Único de Saúde (SUS), a diretoria da instituição enfrenta grandes dificuldades em manter o atendimento à população.

O que sobra em empenho e boa vontade falta em recursos. O HCJ é mantido apenas com o repasse de R$ 55 mil feito pela prefeitura de Jaguaruna, outros R$ 5 mil da gestão de Sangão, e o recebimento das Autorizações de Internação Hospitalar (AIHs) e dos Boletins de Produção Ambulatorial (BPAs), do governo do estado.

Segundo o Jornal Notisul, empresas e comunidade também fazem o que podem, mas ainda é pouco. A estrutura física, avalia a diretora Ozaida de Carvalho, é adequada, mas faltam aparelhos, leitos. “Não é diferente da maioria dos pequenos hospitais da região, do estado. Não fosse a ajuda das prefeituras, não teríamos nem como manter a emergência”, lamenta Ozaida.

Busca por financiamento com o governo federal

Paralelamente, o governo do estado tenta outro caminho. A intenção é buscar R$ 540 milhões junto ao Ministério das Cidades para distribuir entre os hospitais em municípios com menos de 50 mil habitantes.

O financiamento seria em nome do governo catarinense, sem causa mais ônus às instituições. Os hospitais têm possibilidade de buscar esta verba sozinhos, mas a maioria não tem capacidade de endividamento para acessar o mínimo disponibilizado pelo ministério, que é de R$ 5 milhões.