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Divulgados detalhes de operação que prendeu 39 pessoas que beneficiavam detentos no Presídio Regional de Blumenau

Foto: Julio Cavalheiro/Secom

Foto: Julio Cavalheiro/Secom

Durante coletiva de imprensa nesta terça-feira (24), o diretor do Departamento de Administração Prisional (Deap), Alexandre Camargo Neto e o delegado da Diretoria Estadual de Investigações Criminais (Deic), Adriano Bini, esclareceram sobre a operação que resultou na prisão de 39 pessoas, dentre elas 13 agentes penitenciários, pela prática de atividades criminosas, que beneficiavam cerca de 119 detentos, no Presídio Regional de Blumenau.

A ação que ocorreu na madrugada desta terça-feira (24), cumpriu 39 mandados de prisão temporários e 27 mandados de busca e apreensão, vinculados especificamente às pessoas investigadas. Do total de envolvidos, 26 são detentos, familiares de detentos e empresários que trabalham diretamente com atividades dentro dos presídios.

Para a operação, cerca de 120 policiais entre civil e militar, atuaram em 10 cidades catarinenses com mandados de busca e apreensão e ordens de prisão. “O foco é dar conta da apuração do inquérito policial da Deic, onde verifica a prática de diversas atividades criminosas praticadas por servidores do Deap, que trabalham ou já trabalharam no Presídio Regional de Blumenau”, contou Bini.

Foram investigadas práticas de desvio de conduta, corrupção passiva, falsidade documental, pagamento de propina para beneficiar detentos do regime fechado e provisórios, além de facilitar a entrada de celulares, substâncias entorpecentes, fumo e outros objetos. Também fizeram parte das investigações os indícios da prática de crimes de corrupção em relação a facilitar as fugas ocorridas no presídio de Blumenau.

“Em relação à segurança da unidade de Blumenau já temos uma ação que vai deslocar agentes penitenciários de todo Vale do Itajaí e região, para prestar esse apoio. Em relação à direção, um novo nome será divulgado nas próximas semanas”, explicou o diretor Alexandre Camargo Neto.

De acordo com o diretor, em casos de identificação de irregularidade com algum servidor, a instituição procura uma autoridade competente para iniciar as investigações. “Informamos o caso para nossa corregedoria, para parte administrativa, ou Ministério Público, para outros casos, para efetuar os devidos procedimentos”.

Os bens móveis e imóveis dos agentes públicos foram bloqueados além de algumas contas bancárias, usadas para recebimento e entrega de propina. A investigação iniciou em julho de 2014 pelo Ministério Público de Blumenau e Gaeco de Joinville, já a Deic iniciou sua participação nas últimas três semanas. 

Colaboração: Rafael Vieira de Araujo/Secretaria de Estado da Comunicação