Segurança

Dois anos após o crime, homem morto por namorada é enterrado em Forquilhinha

Corpo foi encontrado em abril deste ano após confissão de assassinato.

Foto: NSC TV/Reprodução

Foram enterrados, nesta terça-feira (28), em Forquilhinha, os restos mortais de Valcionir da Rosa, de 26 anos. Ele foi morto a facadas pela namorada, Jaqueline Amboni, de 33 anos, em 7 de dezembro de 2015. Ela confessou o crime em abril deste ano, alegou legítima defesa e responde ao processo pelo homicídio em liberdade.

Em abril, os restos mortais de Rosa foram encontrados em Balneário Arroio do Silva, após a confissão do assassinato pela dentista. Em outubro do ano anterior, um crânio apareceu na estrada de Araranguá. A ossada permaneceu em perícia no Instituto Geral de Perícias – IGP.

A dentista, de 33 anos, foi indiciada pela Polícia Civil por homicídio qualificado por motivo fútil e ocultação de cadáver, e o pai dela, Ademir Amboni, por ocultação de cadáver.

A Justiça acatou a denúncia dos crimes feita pelo Ministério Público, mas o caso ainda não foi julgado. Conforme o advogado Alessandro Daminiani, que defende Jaqueline, foi pedido à Justiça que o laudo do exame luminol do apartamento de Jaqueline seja anexado ao processo. Segundo ele, esse dado colaboraria em afirmar onde estão as manchas de sangue.

Conforme o delegado Eduardo de Mendonça, o inquérito policial está concluído e diligências complementares serão feitas apenas em âmbito judicial.

Foto: Reprodução/RBS TV

Versão do crime

O homicídio foi na noite de 7 de dezembro de 2015. Jaqueline relatou, em vídeo gravado pela polícia, que Valcionir se machucou ao bater em seus óculos. “No que ele foi olhar a mão, eu dei um chute no meio da perna dele, saí correndo, fui na cozinha pegar uma faca e fui me trancar para dentro do quarto. Só que é tudo muito perto, não deu tempo de chegar no quarto, ele já estava atrás de mim”, relatou em depoimento à polícia.

“Ele ligou a televisão e colocou num canal pornográfico. E ali eu fiquei num canto, encolhida. Daí ele assim: ‘agora é a nossa vez!’, e pegou e veio pra cima de mim”, continuou. A dentista disse que Valcionir batia nela com frequência e que já tinha prestado queixa à polícia.

“Aí ele veio, daí eu dei umas facadas nele. Ele, mesmo esfaqueado, veio para cima de mim. E aí eu dei mais algumas, não sei quantas, e aí ele ficou caído”.

A polícia trabalha com outra hipótese, a de que ela drogou o namorado e só então cometeu o homicídio. “A motivação dela foi o medo, as ameaças que ela sofria do Valcionir. Ela acabou se envolvendo numa situação que ela não conseguia sair mais, ela achou uma forma, que na mentalidade dela era mais fácil: ‘vou matar ele’. Ela já vinha premeditando o crime desde o meio-dia. Ela já estava mandando mensagem dizendo que ia embora para o Rio Grande do Sul e que não era para procurá-la”, disse o delegado Eduardo de Mendonça.

Jaqueline afirmou que não premeditou o homicídio. “Foi na hora, para me defender”.

Com informações do site G1 SC

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