Educação

Drogas: conscientização e sensibilização

Foto: Divulgação/Internet

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Falar sobre drogas passou a ser rotina na vida de todos. Tal qual a corrupção e os desmandos que assolam nosso país, o consumo e o tráfico de drogas tomaram conta do Planeta. Podemos afirmar que estamos convivendo com uma epidemia mundial e o mais grave problema social, pela dimensão de seus efeitos. Um indivíduo dependente químico torna-se insatisfeito, violento, desumano, insensível, um doente físico e emocional. Um sofredor e um problema  para a sociedade como um todo.

As últimas notícias nos dão conta que o governo de Santa Catarina, diante das pesquisas que  apontam que 70% dos homicídios ocorridos aqui no estado estão relacionados direta ou indiretamente às drogas, buscará desenvolver programas de conscientização a fim de encontrar  soluções para evitar que tantas vidas se percam mergulhadas no vício. As drogas, há muito tempo, passaram fazer parte da vida de crianças, adolescentes, jovens, pois estão presentes nas escolas, nas famílias, nas ruas, independente de classe social, escolaridade, poder econômico, faixa etária. Está mais do que na hora de repensar políticas públicas para solucionar o problema, pois o individuo viciado não traz prejuízo apenas para si, mas sim para a sociedade em geral. Famílias são destruídas, escolas desestruturadas, vidas interrompidas prematuramente, e acima de tudo aumentam-se as despesas com tratamentos de saúde. Fortunas do dinheiro público têm de ser investidas para curar males que poderiam ter sido evitados. Mas, será que ainda é possível resolver o problema ou estamos diante de um sonho impossível? Se alguém acredita que o governo sozinho resolverá o caos instalado, engana-se… Esta causa não é do governo sozinho. É minha, é sua, é da escola, da família, enfim da sociedade, pois é na sociedade que os reflexos aparecem.

Resolver o problema das drogas é muito mais complexo do que aparenta, pois envolve: prevenção, tratamento e, o mais difícil no meu ponto de vista, a erradicação do traficante, pois por trás dele há uma máfia poderosa, quase intransponível, muitas vezes composta por quem deveria estar nos protegendo. O traficante é a raiz do problema, e o mal deve ser cortado pela raiz. É ele quem mata a esperança de um futuro promissor para nossas crianças e jovens, os responsáveis pelo bem estar das próximas gerações. É ele que enriquece a custa dos dependentes, do sacrifício das famílias destroçadas.

É preciso que as campanhas feitas, em qualquer âmbito, não sejam apenas de conscientização, mas também de sensibilização, pois ter consciência de uma necessidade não é tão difícil, uma vez que  o uso persuasivo dos meios de  comunicação pode operar verdadeiros milagres. O difícil é fazer com que as pessoas uma vez conscientes se sensibilizem com o problema e abracem a causa para ajudar na solução, pois isso envolve atitude, comprometimento, dedicação, doação.

Convém que fique claro que ao Estado cabe o compromisso de fazer frente à campanha com recursos e projetos ousados para que surtam efeitos pontuais, mas a execução e concretização desses projetos cabem à família, à escola, à sociedade como um todo.