Educação

E a família, como vai?

Foto: Divulgação/Internet

Foto: Divulgação/Internet

A cada dia que passa mais nos apavoramos com as coisas que vemos em nossa sociedade, envolvendo crianças, adolescentes e jovens. Presenciamos comportamentos inadequados na escola, nas ruas, nos clubes, nas festas, enfim em qualquer lugar.

Nesse mundo tantas vezes cruel, é preciso que a família retome as rédeas na condução dos filhos. Não se fala aqui de agressividade, autoritarismo, mas sim de disciplina, limite, carinho, cuidados, presença, escuta, camaradagem. A família precisa interessar-se pelos filhos e, interesse não significa intrometer-se, bater ou insultar, mas acompanhar, observar, dialogar, saber onde e com quem andam, punir quanto necessário.

É comum vermos adolescentes e pré-adolescentes altas horas da noite embriagados pelas ruas, jogando garrafas, arranhando carros, gritando, desrespeitando as pessoas que estão no repouso do lar. Onde estão os pais? Como pode um pai e uma mãe não saber com quem as crianças e os jovenzinhos saem? Onde e com quem passam o final de semana? Quem são seus amigos? Como não saber o que se passa com os filhos? Meninas de onze, doze, treze anos à noite sozinhas nas festas, “ficando” com um, dois, três, quatro, sabe-se lá com quantos numa única noite? Nessa idade a menina e o menino têm de sair acompanhados dos pais, precisam preservar-se para viver uma juventude sadia, baseada nos princípios morais, nos valores éticos, com dignidade.

A família deve ser um lugar de acolhimento, segurança e paz. Crianças ou adolescentes não dispensam a proteção da família, o porto seguro deles. Filho nenhum precisa de pais gigantes, mas sim  de seres humanos que falem a linguagem do amor  e sejam capazes de penetrar-lhes o coração.              

O que está acontecendo com as famílias? Parece que a solidão nunca foi tão intensa como nos dias de hoje: os pais escondem seus sentimentos dos filhos, os filhos escondem suas lágrimas dos pais, os professores se ocultam atrás do giz.

É preciso ter em mente que a paternidade é uma função para a qual não há férias, 13º salário, nem aposentadoria. Não é cargo para um fiscal tirano, nem para um amiguinho a mais: é para ser pai e para ser mãe. Por isso, pai e mãe precisam estar dispostos a dizer “não” na hora certa, colocar ordem, responsabilidade, autoridade na família, mas não se esquecer de colocar, também, uma alta dose de carinho, compreensão, amor, paciência, bom humor. Não precisamos dar aos nossos filhos tudo o que eles querem, mas sempre devemos dar o que consideramos conveniente para torná-los seres humanos felizes e responsáveis.