Educação

Educação: Carnaval

Foto: Divulgação/Internet

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De origem grega, o carnaval surgiu em meados dos anos 600 a 520 a.C. Era uma festa na qual o  povo costumava realizar cultos em agradecimento  aos deuses pela fertilidade do solo e pela produção. Com a evolução dos tempos foi tomando outras características, uma vez que cada povo brincava de acordo com seus costumes. Porém, o carnaval moderno como vemos hoje, com desfiles e fantasias, surgiu na Europa, sendo Paris o principal modelo exportador da festa carnavalesca para o mundo. O Rio de Janeiro foi responsável pela criação e exportação do estilo “desfiles de escolas de samba” para outras partes do mundo.

O carnaval é uma festa animada cujo significado está ligado à liberdade. Mas, vale aqui uma reflexão: até que ponto e como essa liberdade está sendo exercida? É liberdade ou libertinagem que vemos  neste período festivo? O evento traz  beneficios à sociedade ou acarreta uma série de problemas, danos irreparáveis aos cidadãos?  Não sou contra o carnaval, mas não podemos deixar de avaliar suas consequências.

Ouvi outro dia um comentário de uma jornalista paraibana e quero compartilhar  algumas  reflexões feitas por ela que, como cidadãos críticos, não podemos deixar passar despercebidas. O país para quatro dias… Monta-se um mega esquema de segurança, centenas de ambulâncias de plantão, profissionais da saúde nas ruas socorrendo bêbados irresponsáveis, mortes, acidentes, drogas, prostituição … Num país onde para o cidadão honesto, trabalhador, que paga rigorosamente seus impostos, falta alimento à mesa, a educação é caótica, a saúde é precária, segurança não existe, é inadmissível que se invista milhões para sustentação de um luxo desnecessário chamado “carnaval”. Há quem defenda a ideia de que o evento movimenta a economia brasileira, mas fica uma pergunta: quem lucra com isso? Os produtores e distribuidores de bebidas, as bandas, trios elétricos, artistas… E o ônus  cabe a quem? Ao Estado,  que  gasta fortunas com  socorro a vítimas dos acidentes provocados,  indenizações por morte ou invalidez, procedimentos cirúrgicos, enfim gastos que poderiam ser evitados se houvesse mais consciência. Tudo isso sem contar o dano irreparável causado ao meio ambiente com toneladas de lixos, poluição do ar, poluição sonora… Realmente, já foi o tempo que o carnaval podia ser considerado um evento saudável à sociedade. Cabe às autoridades  repensarem uma forma de manter a festa, mas de maneira  a não onerar tão desastrosamente o cidadão de bem.