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Elas fazem a diferença

Ainda que esta sexta-feira, 8 de março, – Dia Internacional das Mulheres – seja exclusivamente dedicada a elas, a mulher não precisa de um dia para se sentir mais importante. É assim que pensa a gerente geral do Merco Plaza Executive Hotel, Maria Célia Milanes, de 61 anos. “Somos únicas. Entre conquistas e tropeços, lágrimas e sorrisos, a verdade é que sempre nos sentimos vitoriosas”, afirma Célia, que atribui à persistência feminina ao triunfo das mulheres. Célia deu início a sua carreira profissional aos 14 anos de idade no empreendimento do pai, dono do antigo Hotel Brasil na época.

Aos 18 anos ingressou no comércio de Criciúma, na Loja Casa Nova, onde emprestou, por 30 anos, suas habilidades e empenho. Já aposentada, encarou um novo desafio: a gerência de um dos maiores hotéis do Sul catarinense. Realizada profissionalmente, está no ofício há 12 anos e não pensa em parar. Hoje, o hotel que Maria Célia gerencia conta com 39 colaboradores. Destes, 25 são mulheres. “Sem desmerecer a competência dos homens, elas são supercomprometidas com o trabalho e fazem a diferença”, ressalta a gerente.

Rumo ao progresso

Zilda do Carmo Lorenzoni está entre as colaboradoras do Merco Plaza. Aos 46 anos, ela conta que a primeira vez que entrou em um hotel foi há cinco anos. “Não para se hospedar, mas sim para dar o início a grande mudança de minha vida”. Este foi o primeiro e único trabalho com carteira assinada de Zilda, que até então desempenhava a função de empregada doméstica. “Com muita dedicação, hoje tenho o meu apartamento e não pretendo parar por aqui. Quero progredir cada vez mais”, afirma. Os dois principais ingredientes para as mulheres se darem bem na vida, conforme Zilda, são disposição e força de vontade. “Se a gente quer, a gente consegue. Basta ter iniciativa e suar a camisa para depois colher os frutos. Assim está sendo comigo”, comenta ela, sem esconder a alegria de estar melhorando de vida a cada dia.

Um ofício desafiador

A mulher que faz a diferença na vida de Fernando, Ana Cláudia, Maurício e Murilo, marido e filhos, respectivamente, Cristina Valente, diz que tem motivos de sobra para comemorar no dia dela. Além de mãe e esposa, ela é coordenadora comercial e de eventos do Merco Plaza Hotel há 12 anos. “É desafiador conciliar a função de mãe, esposa e profissional. Mas ao mesmo tempo é gratificante e me faz crescer diariamente como pessoa e como profissional. Para Cristina, ser mulher é “cancelar sonhos em prol de terceiros, é identificar um sorriso triste e uma lágrima falsa, é lutar por causas perdidas e sempre sair vencedora”, define.

A origem da data

O dia 8 de Março é, desde 1975, comemorado pelas Nações Unidas como Dia Internacional da Mulher.

Neste dia, do ano de 1857, as operárias têxteis de uma fábrica de Nova Iorque entraram em greve ocupando a fábrica, para reivindicarem a redução de um horário de mais de 16 horas por dia para 10 horas. Estas operárias, que recebiam menos de um terço do salário dos homens, foram fechadas na fábrica onde, entretanto, se declarara um incêndio, e cerca de 130 mulheres morreram queimadas.

Em 1903, profissionais liberais norte-americanas criaram a Women's Trade Union League. Esta associação tinha como principal objetivo ajudar todas as trabalhadoras a exigirem melhores condições de trabalho.

Em 1908, mais de 14 mil mulheres marcharam nas ruas de Nova Iorque: reivindicaram o mesmo que as operárias no ano de 1857, bem como o direito de voto. Caminhavam com o slogan "Pão e Rosas", em que o pão simbolizava a estabilidade econômica e as rosas uma melhor qualidade de vida.

Em 1910, numa conferência internacional de mulheres realizada na Dinamarca, foi decidido, em homenagem àquelas mulheres, comemorar o 8 de Março como "Dia Internacional da Mulher".

Colaboração: Saimon Novack

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