Foto: Diário do Sul
Os eletricitários que atuam na Eletrobrás entraram ontem em greve em todo o país. Em Santa Catarina, são cerca de 1,7 mil trabalhadores que cruzaram os braços. Em Capivari de Baixo, os profissionais protestaram na frente da Eletrosul, pedindo um acordo para a negociação coletiva da categoria.
Em entrevista para o jornal Diário do Sul, o diretor do Sindicato dos Eletricitários do Sul de Santa Catarina (Sintre SC), Joel Cabral, falou que a categoria pede a reposição salarial de 6,49% – índice calculado com base na inflação do período -, mais um ganho real de 2% imediatos e mais 1% em janeiro de 2014.
“Nossa proposta inicial era de 12%. Já apresentamos uma contraproposta, baixando o valor para 9,49%. Nosso ganho real seria de 3%, mas a empresa respondeu negativamente, o que gerou a greve”, afirma Joel.
Ele conta que a proposta da empresa é oferecer apenas a reposição salarial, sem o percentual de ganho real. Diante da proposta, não aceita pelos trabalhadores, os eletricitários optaram pela greve por tempo indeterminado. “Vamos ficar parados até que haja uma oferta que possa ser aceita pelos trabalhadores. Estamos abertos ao diálogo, aguardando que a empresa busque a negociação”, diz o diretor do Sintre.
As negociações de reajuste salarial da categoria começaram em maio e já foram realizadas três rodadas, sem um consenso.
Emergências serão atendidas
Conforme Joel, os trabalhadores estão concentrados na frente da Eletrosul de Capivari de Baixo, para protestar, mas também de prontidão para a realização de atendimentos emergenciais. “Temos a responsabilidade de saber que não podem levar danos à população, deixando de atender possíveis emergências. Todas as manutenções de rotina, porém, estão suspensas e a paralisação segue enquanto não houver acordo”, comenta.
