Trânsito

Em dias chuvosos, Deinfra pode fechar a Serra

Engenheiros avaliaram ontem as condições da pista após acidente que deixou um homem ferido e o fechamento da rodovia.

Foto: Samuel Madeira / Arquivo / Sul in Foco

Foto: Samuel Madeira / Arquivo / Sul in Foco

O sinal de alerta sobre acidentes na Serra do Rio do Rastro em dias de chuva foi aceso ontem pelo Departamento de Estadual de Infraestrutura – Deinfra. Por volta das 12 horas, um deslizamento de terras e rochas no quilômetro 406 da SC-390, em Lauro Müller, por pouco não provocou a morte de um homem de 42 anos que seguia no sentido litoral.

De acordo com o Deinfra de Florianópolis, engenheiros e técnicos estiveram no local. Durante a visita, avaliou-se a gravidade do trecho. O quilômetro 406 é o mesmo que ficou fechado pelo menos outras cinco vezes neste ano, sendo que em janeiro a interdição durou dez dias. Desta vez, o bloqueio foi de aproximadamente cinco horas.

Estudos iniciam

“O Deinfra está estudando o que pode ser feito para impedir que se repita este tipo de ocorrência. Uma obra ali exige uma licitação, um estudo da área, ver qual o material que vai usar, contratar uma construtora, enfim, isso demora. Dependendo da avaliação, o que se está pensando é quando começar a chover, parar. Ninguém sobe ou desce a serra por segurança”, ressaltou o assessor Roberto José Guidalli.

Se a SC-390 for fechada, a alternativa para chegar ao planalto serrano seria a Serra do Corvo Branco, na SC-370, mas está em obras de pavimentação asfáltica desde outubro de 2014. Outra opção é a BR-282. Todos os dias, trafegam cerca de dois mil veículos no local. Há três meses, a Defesa Civil de Criciúma monitora a situação geológica e fez alerta sobre os deslizamentos. O presidente do Deinfra prometeu visitar a rodovia. 

Homem queixava-se de dores

Segundo o seu relato à Polícia Militar Rodoviária – PMRv, o motorista conduzia um Ford Ka vermelho, de São Ludgero, descia a Serra do Rio do Rastro sozinho, quando percebeu que algumas pedras caíram. Antes que pudesse dar à ré, as pedras começaram a bater em seu veículo, a tempo apenas de ele sair antes de ser atingido junto com o carro. 

“Ele estava estável, apenas queixando-se de um pouco de dor nas costas. Quando a ambulância chegou, encontrava-se fora do veículo”, contou o bombeiro de Orleans que atendeu a ocorrência. “A princípio, foi solicitado o apoio do ABTR, o caminhão, mas depois descartamos”, ressaltou.

O trânsito foi orientado pela PMRv e chegou a ficar em meia pista por volta das 16 horas. A liberação total, incluindo caminhões, ocorreu pouco antes das 18 horas. Em nota oficial, o governo de Santa Catarina, por meio da Agência de Desenvolvimento Regional de Criciúma, afirmou que tomou todos os cuidados no atendimento ao motorista.

Esta é a segunda vez neste ano que deslizamentos na rodovia deixam pessoas feridas. Em fevereiro, um casal que transitava de motocicleta também foi atingido por pedras.  

Com informações do Jornal Notisul