Segurança

Em sete dias, duas crianças são salvas pelas cadeirinhas

Não há dúvidas de que o equipamento é imprescindível e os pais devem obedecer a lei

Foto: Maciel Brognoli/Notisul

Foto: Maciel Brognoli/Notisul

Em uma semana, dois acidentes ocorridos na região comprovaram que o uso da cadeirinha de segurança para crianças menores de 10 anos é o melhor aliado para evitar lesões graves e até a morte. Nas duas colisões, os meninos não tiveram ferimentos de grandes proporções porque estavam no equipamento de proteção.

Um dos casos ocorreu nesta segunda-feira, na SC-482, rodovia que liga Rio Fortuna a Braço do Norte. Por volta das 15h45min, um caminhão e um Honda Fit bateram frontalmente. O impacto foi muito forte e destruiu parcialmente o carro.
A condutora, de 35 anos, sofreu escoriações e fraturou um dos braços. O seu filho, de 4, teve somente alguns arranhões, pois estava na cadeirinha. O motorista do caminhão também teve pequenas escoriações.

Se acordo com o Jornal Notisul, o outro acidente ocorreu na terça-feira da semana passada em Tubarão, na parte nova da avenida Pedro Zapelini. A motorista de um Gol capotou o veículo na tentativa de desviar de outro automóvel que parou na pista de rolamento para virar à direta.
Na manobra, a mulher perdeu o controle do carro, subiu no meio fio e atingiu um poste. O Gol ficou com as rodas para cima e o menino de cerca de 1 ano e meio saiu ileso. Ela teve lesões leves.

“Já vi carros destruídos e a criança sair ilesa”

Para o guarda municipal Maciel Brognoli, de Tubarão, o uso da cadeirinha de segurança para crianças é primordial. Conforme ele, na grande maioria dos acidentes, entre 80% a 90% das crianças são salvas pelo equipamento.

“Em um acidente que atendemos na avenida Pedro Zapelini, na semana passada, o garoto somente não foi arremessado para fora do carro porque usava o dispositivo”, lembra Brognoli. Infelizmente, atenta o guarda, muitas famílias transitam com suas crianças sem a proteção ou as carregam no colo, no banco da frente.

A falta de conscientização é grande, mas, em muitos casos, a parte financeira também é um problema, já que os equipamentos são caros. Ele cita uma iniciativa inédita, desenvolvida em um hospital de Curitiba (PR), que tem trazido excelentes resultados.

“Quando o bebê nasce já sai do hospital com uma cadeirinha apropriada. Quando ele cresce, os pais devolvem a cadeirinha à instituição, que repassa outra, condizente com o tamanho da criança. Com isso, ocorre um rodízio e ninguém fica sem”, exemplifica.

Para ele, o procedimento poderia ser adotado em várias cidades, com o apoio de empresários, organizações não governamentais e órgãos públicos. “Já vi muitos carros destruídos e a criança sobreviver porque fazia uso do dispositivo. Vale a pena investir nesta ideia”, sugere Brognoli.