Saúde

Emergência do Hospital São José continua com atendimento suspenso

Foto: Adriano Ghellere/Portal Sul In Foco

Foto: Adriano Ghellere/Portal Sul In Foco

A direção do Hospital São José de Criciúma reuniu a imprensa da região na manhã desta quarta-feira (08) após a paralisação dos atendimentos no setor de pronto socorro. O objetivo foi esclarecer os motivos do atraso de salários dos trabalhadores que resultou no problema.

Cerca de 50 % dos colaboradores do turno da noite não compareceu, mesmo após acordarem aguardar o repasse até no dia de hoje. Atualmente a entidade mantém uma dívida de R$28.380 milhões. Mensalmente, cerca de R$ 2,5 milhões somam-se a dívida.

O diretor técnico do hospital Rafael Elias Farias, afirma que os serviços continuam suspensos no pronto-socorro, centro obstétrico e cirurgias eletivas. No entanto, uma equipe foi mantida para atendimentos de urgência com riscos de vida.

“Estamos mantendo no dia de hoje a quimioterapia, a hemodiálise e a radioterapia, pois ainda temos um pessoal para prestar este trabalho. Queremos dar toda segurança para quem já está na instituição, por isso, resolvemos suspender os atendimentos de porta”, esclarece o diretor técnico.

A população de Criciúma deve procurar os postos 24 Horas, além dos hospitais da região. No caso do centro obstétrico, a orientação é procurar a maternidade do Hospital São Donato, de Içara.

O problema financeiro da entidade atinge os atendimento pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e os planos particulares.

Ainda de acordo com Farias, também foram avisados todos os órgãos que prestam socorros (Corpo de Bombeiro, Samu e Polícia Militar) a encaminharem os pacientes para outras unidades.

Os hospitais São Roque e São Donato, de Morro da Fumaça e Içara, respectivamente receberam os pacientes durante a paralisação.

Efeito dominó

O diretor da instituição e presidente da Associação dos Hospitais Filantrópicos de Santa Catarina, Altamiro Bittencourt, ressalta que o caso do HSJ pode culminar em outros hospitais. "Todos os hospitais ajuizarão uma ação contra Estado, municipios e a União. Em caso de não pagamento, somos obrigados a paralisar os hospitais como forma de alerta. Não tem dinheiro', ressalta.

Sobre o compromisso financeiro, Altamiro ressalta que a União é a que menos deve. "R$ 7 milhões do Governo do Estado e R$ 6 milhões de Criciúma. A união deve R$450 mil. Falta prioridade", enfatiza.