Educação

Emily BBB 17

Emily

Foto: Vídeo / Reprodução

Muitos talvez ao lerem o título desta coluna digam: “Com tantas coisas interessantes a serem discutidas por que se perder tempo a falar de alguém tão fútil, arrogante, mal educada?”. Devo dizer que a essência do que aqui está escrito não é exatamente a Emily BBB 17, mas sim o grande número de pessoas que essa garota representa na sua falta de postura, de respeito, de caráter. E, é por este viés que tentaremos analisar os milhares, milhões de “Emilys” que povoam nossa sociedade, deixando traços negativos por onde passam, pela falta de caráter, instância maior da personalidade humana.

Nunca fui admiradora desse programa, mas como tenho o compromisso de escrever, fazer análise crítica e submeter à avaliação das pessoas, assisto de tudo um pouco, leio bastante, pois só assim podemos conhecer os fatos e em cima deles fazermos nosso juízo de valores. Reconheço que poucos são os programas aproveitáveis, mas sei também que todos, indistintamente, entram em nossos lares trazendo sérias consequências, principalmente às crianças e adolescentes, com personalidade em formação, vulneráveis a tudo que os cerca. O último reality show foi o lixo dos lixos e nos fez sentirmos envergonhados pelas baixarias ali vivenciadas, pelo circo armado a cada programa para ganhar audiência colocando abaixo todos valores que devem permear os lares e a família deveria exercitar os valores imutáveis de qualquer sociedade.

A jovem Emily deslumbrou-se desde o primeiro momento diante das câmeras e então patrocinou a cada dia um espetáculo pior que o outro. Fez de tudo um pouco: desde a ridícula exposição em cenas amorosas a verdadeiras baixarias, atendendo aos objetivos da emissora que ganha audiência quanto maior for o barraco ali armado, em troca de uma quantia razoável de dinheiro. Emily não mediu consequências para realizar o sonho de ficar rica e conseguiu. Porém, o que se imaginava fosse apenas estratégia para vencer, na verdade não o era. Ela continua a mesma jovem intempestiva, mal educada, explosiva, arrogante escondendo-se atrás de uma máscara que intitula autoconfiança, mas que nada mais é do que: mimo em excesso, falta de educação, autossuficiência, arrogância, falta de humildade, indisciplina, desrespeito e tantos outros atributos que a levam a continuar errando, como fez ao desprezar em um show uma jovem que ocupava um lugar mais simples da plateia, a quem dispara “você é pobre, eu sou rica”, como se o dinheiro a torna melhor que os menos favorecidos economicamente. Esquece que o dinheiro pode acabar…

Emily planejou ganhar o prêmio, mas ao que parece não fez um planejamento para nela investir, estudar para ter uma carreira sólida e firmar-se como uma profissional do mercado. O dinheiro tomou conta dela, recheou sua conta bancária, mas sua cabeça continua vazia, fútil, ratificando o que todos sabemos: “conta bancária não é sinônimo de riqueza quando a pessoa é pobre de espírito”.

Quantas “Emilys” temos hoje em nosso meio que se travestem de bons mocinhos e mocinhas para ganharem a confiança, e de posse do prêmio mostram o verdadeiro caráter? Roubam, exploram, iludem, vivem o aqui e agora, perdem o respeito escondendo-se atrás do poder. Lamentavelmente a falta de respeito é a maior causadora dos problemas na sociedade. Está em todos os lugares: nos lares, nas escolas, nas ruas, nos consultórios, nas autoridades, nos governantes, no meio ambiente…

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