Segurança

Engenheiros Civis do IGP de Florianópolis começam perícia na casa que desabou

Foto: Lucas Sabino/Jornal da Manhã/Engeplus

Foto: Lucas Sabino/Jornal da Manhã/Engeplus

Durante toda a tarde desta quinta-feira, dia 7, os engenheiros civis/peritos do Instituto Geral de Perícia (IGP), estiveram na casa que desabou na última quarta-feira, dia 6, e vitimou três pessoas, para coletar informações e realizar a perícia. Segundo o site Engeplus, foram dois profissionais de Florianópolis e um de Criciúma que trabalharam no local, além do suporte da Defesa Civil do município e do Conselho Regional de Engenharia.

De acordo com o perito José Augusto Koerich, ainda haverá, pelo menos, duas visitas no local. “O que mais nos chamou a atenção é que os pilares que suportavam a residência estão intactos. Coletamos algumas informações importantes hoje, mas precisaremos de mais umas duas semanas só para colher dados. Na semana que vem, com a ajuda da Defesa Civil, vamos analisar a parte profunda da residência que está soterrada”, explicou.

Conforme a coordenadora da Defesa Civil de Criciúma, Ângela Melo, a prefeitura disponibilizará máquinas para a retirada dos entulhos que estão na superfície, para que os peritos possam estudar a parte de baixo. “Vamos dar todo o suporte necessário aos profissionais. Um documento das informações da casa também foi entregue lacrado aos peritos para análise”, destacou Ângela.

O Arquiteto da Divisão de Planejamento Físico e Territorial (DPFT), Tadeu Vassoler, contou que a casa não tinha liberação da prefeitura para ser construída. “O documento de Anotação de Responsabilidade técnica (ART) estava registrado somente registro do Crea. Na prefeitura ela constava apenas como uma construção existente no terreno, mas sem licença”.

Entenda – O DPFT é um setor da prefeitura que cuida dos documentos de licenças de construções da cidade. Nele consta a autorização para realização da obra, tais como: projeto arquitetônico e Anotação de Responsabilidade Técnica (ART).

A casa que desabou não possuía registro na prefeitura, só no Conselho Regional de Engenharia (Crea), ou seja, para a municipalidade, ela foi construída de forma irregular.

Para construir uma casa é necessário ter registro no Crea e em seguida a liberação da prefeitura. Mesmo que seja liberado pelo Crea, uma obra não pode iniciar sem a liberação do município.

“Nesta tarde o Crea apareceu com o documento, ou seja, existe um responsável técnico pela obra, já que estava registrada no conselho. Resta agora investigarmos quem foi o responsável pela construção”, disse Vassoler.