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Entidades cobram o fim das paralisações

Foto: Divulgação

Prefeitos que fazem parte da Associação dos Municípios da Região de Laguna – Amurel decidiram lançar, nessa terça-feira (29), um manifesto ao governador de Santa Catarina, Eduardo Pinho Moreira, pelo encerramento da paralisação dos caminhoneiros em todo o país.

Entidades de classe, como a FCDL (Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas), Acit (Associação Empresarial de Tubarão), Acim (Associação Empresarial de Imbituba) e CDL de Imbituba também pedem o fim da paralisação e o retorno às atividades pelos caminhoneiros.

Eles concordam que o movimento teve motivação justa e foi merecedor de todo o apoio da sociedade, mas já atinge diretamente a vida das pessoas em suas necessidades mais básicas.

Ex-presidente da Amurel, o prefeito de Tubarão Joares Ponticelli, alertou que a situação chegou a um ponto perigoso, em que a população poderá deixar de apoiar a paralisação, que já dura nove dias (na terça).

“Está começando a acontecer o que a gente já previa. A hora que as dificuldades chegarem nas casas de todos os cidadãos, esse apoio da sociedade vai se desmanchar em horas. Está faltando gás de cozinha e alimentos nos supermercados. Estou começando a me preocupar com a ordem pública”, comentou Joares.

A FCDL reforça dizendo que a greve deste setor começou em razão dos altos custos do óleo diesel. “O governo federal atendeu boa parte das reivindicações, mas o movimento não cedeu e ganhou outros rumos, sendo capitalizado por interesses políticos e ideológicos, e recorrendo a atos violentos para manter os bloqueios. Ninguém suporta mais, o movimento excedeu os limites e a sociedade quer retomar a rotina de trabalhar, estudar e viver”, pontua.

“Apelamos ao governo do Estado e à União para que exerça sem limites as prerrogativas de assegurar a garantia da lei e da ordem e do direito de ir e vir. A greve é um direito, mas ninguém pode impor a terceiros a obrigação de não trabalhar. As reivindicações dos caminhoneiros são legítimas, mas, para obtê-las, não podem fazer a sociedade refém e provocar perdas irreparáveis”, conclui.

A Acit, Acim e CDL de Imbituba também solicitam que a categoria retome as atividades e a situação se normalize.

A economia já está perdendo

O presidente do Setram (Sindicato das Empresas de Logística e Transporte de Cargas da Região da Amurel), Riberto Lima, afirmou que a paralisação dos caminhoneiros já começou a perder o sentido, uma vez que as reivindicações iniciais da categoria já foram atendidas, e que o momento agora deveria ser de desmobilização.

De acordo com ele, agora os anseios da população em geral, como o fim da corrupção, foram misturados e não é possível manter uma paralisação com tantas causas assim. “Já se desvirtuou do sentido inicial da paralisação. Agora é hora de voltar às atividades. Tem muito caminhoneiro querendo voltar ao trabalho, porque agora todos estão perdendo com isso. A economia está sendo prejudicada”, afirma ele.

Governador diz que chegou ao limite

O governador Eduardo Pinho Moreira afirmou que a situação da greve dos caminhoneiros em Santa Catarina chegou ao limite. Diante dos prejuízos e das dificuldades enfrentadas pela população, o governador enfatizou que mesmo o Estado conseguindo manter os serviços essenciais, o momento é de recuperar a normalidade e a ordem pública.

Ele reforçou a necessidade do desbloqueio das rodovias, e afirmou que o governo do Estado trabalha nesse sentido. “As cargas vão passar”, garantiu durante reunião com deputados estaduais, Ministério Público, Tribunal de Contas e representantes de entidades dos setores produtivos, na tarde desta terça.

O governador disse ainda que as polícias Militar e Civil estão atentas, sem conflitos até agora, buscando o entendimento, e que a Polícia Rodoviária Federal e o Exército estão atuando nas BRs, sem confronto. “A razão do movimento terminou. Agora as consequências são graves, por isso a paralisação tem que parar”, disse.

Eduardo Pinho Moreira reconheceu que as reivindicações dos caminhoneiros são legítimas, diante de uma política equivocada de preços dos combustíveis, pela Petrobras, mas reforçou que espera compreensão e bom senso do movimento grevista para que o Estado retorne à situação de normalidade e possa começar o trabalho de recuperação dos prejuízos causados pela paralisação.

Com informações do Jornal Diário do Sul

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