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Entre Bauer e Colombo: sujeitos e predicados

Foto: Divulgação/Internet

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Os bastidores das eleições indicam que a disputa ao Governo do Estado de Santa Catarina será polarizada entre os candidatos Paulo Bauer (PSDB) e Raimundo Colombo (PSD). O Partido dos Trabalhadores (PT), isolado politicamente, apresenta-se como uma via alternativa, porém, corre o risco de ver sua candidatura não decolar devido ao alto índice de rejeição da presidente Dilma (PT) em Santa Catarina. Raimundo Colombo, que até dias atrás declarava apoio a presidente, partiu para o discurso da neutralidade, liberando correligionários para evitar o desgaste político.

Paulo Bauer, aliado de Aécio Neves (PSDB), se apresenta como o candidato da mudança, enquanto Raimundo Colombo afina o discurso da manutenção (sustento das difamáveis secretárias regionais). PSDB e PSD protagonizam uma disputa que poderia ser inovadora se não fosse alguns elementos que se articulam no subterrâneo das respectivas coligações.

Ainda que os eleitores vão às urnas optarem entre o PSDB e o PSD é a rivalidade histórica entre PP e PMDB que dinamizará a disputa.

Sustentando a candidatura de Paulo Bauer (PSDB) está o grupo de Esperidião Amin (PP) e Jorge Bornhausen que ajustaram os ponteiros e voltam a dividir o mesmo palanque. Ao lado de Raimundo Colombo (PSD) está o gigante PMDB, que pouco se importa com o governo Colombo, mas quer ampliar o espaço político e pavimentar o caminho para as eleições de 2018.

Os mais críticos dizem que Bauer é a volta do grupo político Amin/Bornhausen e que Colombo não existe; é se não, um “servo” comandado por Luiz Henrique da Silveira (PMDB) e seus correligionários. A lógica se justifica: tanto Bauer, quanto Colombo, contam com o PP e com o PMDB para dar musculaturas as respectivas candidaturas, pois, de fato,  PSDB e PSD não possuem logísticas e tradição política para assegurar uma candidatura.

Os antigos PDS e MDB continuam mais vivos do que nunca. Mudam-se os nomes e os personagens, mas é a disputa histórica entre progressistas e mdebistas que vão as urnas.

Ente Bauer e Colombo existe mais coisas do que terra, céu e mar: existe PP e PMDB. É uma eleição de muitos sujeitos; alguns determinados, outros ocultos. Mas é uma eleição! Cabe-nos aguardar os predicados desta eleição.

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Nos últimos dias defendi minha tese de mestrado em Ciência Política com o tema do Desenvolvimento Social. Junto com a banca avaliadora chegamos à conclusão de que o social é reciprocidade de comunhão. A reflexão seguinte é: A reciprocidade de comunhão faz parte da agenda política?