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Escritor Italiano visita Centro de Documentação do Unibave

Grosselli está pesquisando para escrever um posfácio para uma nova edição do livro “Vencer ou morrer. Camponeses trentinos (vênetos e lombardos) nas florestas brasileiras”, lançado em 1986, na Itália, e em 1987 no Brasil

Fotos: Divulgação

O escritor sociólogo e historiador italiano, Renzo Maria Grosselli, de 71 anos, esteve nesta semana, pesquisando o Centro de Documentação Histórica Plínio Benício (Cedohi), localizado na Casa de Pedra do Museu ao Ar Livre Princesa Isabel e do Centro Universitário Barriga Verde (Unibave), em Orleans. Grosselli está pesquisando para escrever um posfácio para uma nova edição do livro “Vencer ou morrer. Camponeses trentinos (vênetos e lombardos) nas florestas brasileiras”, lançado em 1986, na Itália, e em 1987 no Brasil.

O livro, que tem 570 páginas, foi lançado na Itália em 1986 e, depois, traduzido e lançado pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) em 1987. Esta nova edição está sendo realizada pelo Centro Universitário de Brusque (UNIFEBE) e a Associação Beneficente Besenello, de Nova Trento.

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Sobre os tiroleses italianos

Renzo Grosselli se especializou em tratar muito sobre os fluxos migratórios do território da atual Província de Trento, que, segundo ele, mais de 30 mil vieram da Itália para o Brasil. Os chamados tiroleses italianos ou trentinos vieram para as colônias de Azambuja e Grão-Pará.

Segundo o historiador, nessa nova parte que está sendo escrita, será contato que Trentino chegou às colônias de Azambuja e Urussanga e um outro grupo maior na colônia Grão-Pará. Pelas informações repassadas pelo museólogo do Museu ao Livre, Idemar Ghizzo, foi que ele chegou ao Centro de Documentação Histórica do Unibave. “O Idemar me disse que nós temos muita documentação”, revela Rezo.

Atendidos pela diretora do Museu, e também museóloga, Valdirene Böger Dorigon, e por Idemar, ele chegou na Casa de Pedra e ficou sabendo de uma novidade. “Houve também, e eu não sabia, um grupo de Trentinos que depois de 10 anos se desligaram das colônias de Nova Trento, Rodeio, e vieram para o Sul (de Santa Catarina)”, relata.

O escritor assegura que não vai reescrever nada. Serão de três a quatro páginas, relatando que nas colônias do Sul chegaram uns poucos de trentinos, com a lista dos nomes. A reedição do livro tem a intenção de lançamento para 2025, quando a imigração italiana para o Brasil completará 150 anos.

Sobre Renzo Grosselli

“Sou um historiador do norte da Itália, que começou em 1981 a fazer pesquisas sobre a nossa emigração do norte da Itália no Brasil”, define-se Renzo Maria Grosselli. Ele nasceu em Trento, na Itália, em 12 de janeiro de 1952. Formou-se em Sociologia pela Universidade de Trento, em 1976, e em 1998 obteve da Pontifícia Universidade Católica de Porto Alegre o título de doutor em pesquisa histórica.

Visitou Santa Catarina pela primeira vez em 1980. Em 1983, decidiu dedicar-se integralmente à pesquisa científica sobre os fluxos migratórios que interessam ao território da atual Província Autônoma de Trento. De 1983 a 1991, viveu por longos períodos no Brasil, nos estados de Santa Catarina, Espírito Santo, Paraná e São Paulo, onde desenvolveu pesquisas que renderam quatro livros com as temáticas sobre os camponeses trentinos, vênetos e lombardos nas florestas do Brasil, e relativos aos quatro estados brasileiros onde desenvolveu suas maiores pesquisas. Dois destes livros – “Vincere o Morire” e “Colonie Imperiali nella terra del caffè” foram traduzidos para a Língua Portuguesa e editados no Brasil, respectivamente pela UFSC e pelo Arquivo do Estado do Espírito Santo.

Grosselli, em sua carreira de historiador e estudioso da cultura trentina, publicou mais de vinte livros, dentre os quais “Emigração do trentino da Idade Média à Primeira Guerra Mundial”, de 1998, que recebeu o prêmio “Cardo d’Argento” em 1999. Na América do Sul, trabalhou também em uma pesquisa sobre a emigração italiana no Chile, da qual nasceu o livro “Um grito de São Ramon”, editado em Trento em 2010.

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