Turismo

Esculturas do Paredão passarão por revitalização, em Orleans

A Fundação Educacional Barriga Verde – Febave, proprietária das Esculturas do Paredão, de Orleans, está trabalhando em um projeto para a realização de ações de preservação da obra de arte ao ar livre. O projeto, que teve início no mês de fevereiro de 2016, tem como objetivo a fixação das partes em desprendimento da obra e a neutralização dos seus agentes degradadores.

Conforme o museólogo, Idemar Ghizzo, a obra está em um ambiente natural e com microclima específico, necessita de um trabalho técnico e científico, sendo indispensáveis pesquisas e testes, antes de quaisquer intervenções. “Para manter a integridade da obra devem-se levar em consideração os princípios éticos e técnicos da restauração, com o intuito de não alterar o conjunto da obra e sua autenticidade”, frisou Ghizzo.

O projeto vem sendo desenvolvido por uma equipe multidisciplinar, composta por profissionais de diversas áreas do Centro Universitário Barriga Verde – Unibave e do Museu ao Ar Livre Princesa Isabel. Conta ainda com a colaboração dos técnicos do Serviço Autônomo Municipal de Água e Esgoto – Samae de Orleans, que apresentaram o mapeamento do esgoto sanitário e da rede de distribuição da água na área do entorno.

Inicialmente, conforme o Portal Engeplus, os profissionais coletaram amostra da rocha do paredão, para posteriormente realizarem testes como o de granulometria, com o intuito de estudar as dimensões dos grãos do solo, o teste de grau de dureza para avaliar a resistência da rocha, e outros como de permeabilidade, presença de sais, potencial de hidrogênio e composição de minerais.

De acordo com a equipe técnica, o material coletado já está em análise com o intuito de conhecer o atual estado de degradação que se encontra o paredão de rochas. A partir dos resultados, será avaliado o melhor método para fazer a conservação e restauração da rocha e das esculturas sem modificar a estrutura física e a leitura visual da obra.

A obra – As Esculturas do Paredão, com quase 200 metros de comprimento, foi entalhado no início dos anos 80. Trata-se de um conjunto de painéis em rocha, com representações de passagens bíblicas, que foram esculpidas na pedra bruta, pelo artista José Fernandes, conhecido como Zé Diabo.

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