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Estimativa do PIB aponta SC com desempenho acima da média nacional

Para o secretário da SDE, Luciano Bulignon apesar da retração já esperada, os números mostram a força produtiva do Estado

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A Secretaria de Estado do Desenvolvimento Econômico Sustentável (SDE) informou nesta quinta-feira, 25, a estimativa do resultado do Produto Interno Bruto (PIB), que aponta um desempenho acima do previsto para o país, mesmo em meio à pandemia. Enquanto dados do Fundo Monetário Internacional (FMI), mostram uma retração de 4,5% para a economia brasileira em 2020 e de 3,5% para a mundial, Santa Catarina encolheu apenas 0,9% no mesmo ano. O resultado demonstra a competitividade da economia catarinense e a continuidade do avanço do Estado na participação no PIB nacional.

Para o secretário da SDE, Luciano Bulignon apesar da retração já esperada, os números mostram a força produtiva do Estado. “Vivemos tempos difíceis que a pandemia nos trouxe. Porém, o bom desempenho econômico do Estado e a sua competitividade diante das demais unidades da federação nos mostram um caminho de esperança. Temos um estado diversificado e um povo empreendedor, seguimos firmes, trabalhando em busca de um futuro de oportunidades”, avalia.

O economista da pasta Paulo Zoldan reforça que a recuperação do segundo semestre foi rápida. “Ainda que a economia se encontre distante do nível de produção do período pré-pandemia, a retração de 2020 foi menor do que a observada na crise de 2015 e 2016, quando o PIB estadual caiu 4,2% e 2%, respectivamente”, explica

Desempenho dos segmentos

Segundo estimativa da SDE, a agropecuária catarinense cresceu 2,6% em 2020, sendo que a pecuária teve alta de 6%. Já a agricultura retraiu 0,2%, devido a problemas de ordem climática. Mas, mesmo diante desta situação, o setor apresentou aumento das exportações e dos preços, especialmente das carnes suínas, dos grãos e da soja.

Outro setor que apresentou retração foi a indústria de transformação, 3,9%. Mesmo assim, ainda tiveram variações positivas no ramo nos segmentos de máquinas, aparelhos e materiais elétricos (+8,5%); máquinas e equipamentos (+6,7%); produtos de borracha e plástico (+3,3%) e de papel e celulose (+1,4%). A fabricação de produtos alimentícios também teve um bom desempenho ao longo de todo o ano passado, mas perdeu fôlego no último trimestre e encerrou o ano com queda de 1,4%.

A construção civil continua o processo de retomada depois de um longo período de retração e cresceu 10,4% no ano passado, no embalo da recuperação do mercado imobiliário e também da autoconstrução, que se intensificou nesse período de distanciamento social. Já os serviços industriais de utilidade pública retraíram 28% em 2020.

O setor dos serviços, que representa o maior peso no PIB, retraiu 0,4%, a menor queda entre os 12 maiores estados produtores. O comércio, (+2,9%), os serviços prestados as empresas (+11%) e os domésticos (+0,1%), foram os únicos que tiveram variação positiva.

“No segundo semestre houve considerável melhora na performance do setor de serviços. Desta forma, o Estado mais uma vez vem despontando como um dos primeiros a retomar o crescimento econômico e a geração de emprego. Em 2020, foram gerados 53 mil novos postos de trabalho, o maior volume do país. Santa Catarina também apresentou a terceira maior taxa crescimento do trabalho formal (2,55%), entre as 15 maiores economias brasileiras, sendo a maior entre os estados do Sul e Sudeste”, finaliza Zoldan.

Mais destaques

Na análise geral de todos os Estados, Santa Catarina ficou na sétima colocação na produção de serviços, atrás apenas do Norte e Nordeste. Em relação à indústria, SC também avançou no ranking dos 14 maiores e chegou no fim do ano com o sexto melhor desempenho. E no comércio, o volume de vendas do varejo ampliado foi o maior do Sul do país e superou as maiores regiões do Sudeste, encerrando o ano com o quarto melhor crescimento.

Estes, entre outros detalhes, estarão disponíveis na nova edição do Boletim de Indicadores Econômico-Fiscais de Santa Catarina, que será lançado em breve.

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