Segurança

Ex-funcionário do Besc de Pedras Grandes é condenado

O ex-funcionário e gerente interino foi sentenciado pela Justiça Federal a oito anos de reclusão e ao pagamento de multas

O escandaloso desvio de aproximadamente R$ 9 milhões do Banco do Besc de Pedras Grandes, atualmente Banco do Brasil, resultou, na última semana, em mais uma condenação. Conforme o jornal Diário do Sul, o ex-funcionário e gerente interino Márcio Martins foi sentenciado pela Justiça Federal a oito anos de reclusão e ao pagamento de multas, além de perda de direitos civis.

Márcio foi preso em 14 de abril de 2009 em uma clínica psiquiátrica em São José e encaminhado para o Presídio Regional de Tubarão, onde ganhou liberdade sete dias depois. Ele e o ex-gerente da agência Edílson Vieira de Souza eram os principais acusados de desviar cerca de R$ 9 milhões das contas de clientes.

O caso veio à tona em 20 de março de 2009 e, no primeiro inquérito policial feito pela Divisão de Investigação Criminal (DIC) de Tubarão, foram ouvidas 54 das quase 400 vítimas, totalizando um prejuízo de aproximadamente R$ 1,5 milhão dos R$ 9 milhões. Como trata-se de um crime contra o sistema financeiro, o restante da investigação foi feito pela Polícia Federal.

Márcio ainda poderá ser condenado em outros processos, mas já neste primeiro foi sentenciado a oito anos de reclusão e ao pagamento de multas. Ainda de acordo com a sentença, o réu não poderá participar de concursos públicos ou ocupar cargos administrativos por 16 anos. Ele poderá recorrer em liberdade.

Ex-gerente e esposa já têm condenação

Além do ex-funcionário Márcio Martins, o ex-gerente do Besc de Pedras Grandes Edílson Vieira de Souza e a esposa, Deise Lúcia Geremias, já foram condenados pelo desvio de parte dos milhões. Todos os três ainda poderão ser sentenciados em outros processos porque o caso foi dividido por vítimas.

Em novembro do ano passado, conforme divulgado na época pelo DS, o ex-gerente Edílson Vieira de Souza foi condenado a 10 anos e três meses de prisão, além de ter que devolver ao Banco do Brasil R$ 782.066,29. A esposa do réu foi sentenciada à pena de quatro anos de prisão, sendo substituída por prestações de serviços e prestação pecuniária no valor de R$ 8 mil. Neste mesmo julgamento, a cunhada de Edílson, que cedia o próprio nome para que o réu usasse para adquirir veículos, foi absolvida.

Em abril de 2009, Deise foi detida em um apartamento da família na área central de Tubarão. Edílson foi encontrado em uma residência de Itapirubá. A fraude veio à tona no final do mês de março, quando as primeiras vítimas notaram a falta do dinheiro depositado. Os clientes levavam o dinheiro para ser depositado nas contas-poupança e a transação era redigida a mão nas cadernetas de controle dos poupadores, muitas vezes sem a ficha autenticada no caixa. As vítimas foram ressarcidas.