Economia

Ex-funcionários da empresa Índigo Jeans reivindicam rescisões

Foto: Marcelo De Bona / Portal Engeplus

Foto: Marcelo De Bona / Portal Engeplus

Ex-funcionários da Índigo Jeans, empresa de vestuário, estão mobilizados em garantir todos os seus direitos trabalhistas. O grupo empresarial a qual pertence a marca, composto por seis filiais, paralisou as atividades em três cidades e reduziu a produção em outros três pontos, tendo a recuperação judicial decretada pela justiça no dia 21 de junho. Mas, os trabalhadores demitidos seguem sem receber as verbas rescisórias e parte do Fundo de Garantia de Tempo de Trabalho – FGTS.

Acompanhados do Sindicato dos Trabalhadores da Indústria de Vestuário de Criciúma, um grupo com aproximadamente 100 colaboradores realizou um protesto em frente a empresa Índigo, na tarde de ontem. Somente na sede de Criciúma, Índigo, 157 pessoas foram demitidas recentemente. Funcionários realizaram um “apitaço” para chamar atenção da empresa, que ainda conta com 60 colaboradores operando.

De acordo com a presidente sindical, Eliete Macedo Marcelino, além de reivindicar os valores da rescisão, os funcionários cobraram explicações em relação ao corte de equipe e fechamento de filiais da região. “Simplesmente fecharam as portas sem dar aos funcionários qualquer satisfação, o que pegou todo mundo de surpresa. As pessoas estão todas desamparadas, são mães e pais, às vezes de uma mesma família”, explica Eliete.

Falta de produção

Desde o fim do ano passado, o grupo empresarial já vinha sentindo as dificuldades financeiras através da diminuição dos pedidos e de produção. As filiais da Índigo Jeans, denominadas Indústria do Grupo de Comércio Dalete, paralisaram os serviços em Içara, Urussanga e em Forquilhinha. Conforme o assessor administrativo do grupo, João Pedro Denbogurski, essa foi uma medida necessária frente a demanda atual. “Os imóveis estão lá, as peças estão alugadas, só não temos mais produções. Por enquanto, tivemos que suspender”, afirma.

Descumprimento de prazo

Trabalhando há dois anos e meio na filial de, Claudemir Serafim foi demitido junto com os outros colegas dia 15 de junho. A promessa da empresa era pagar as verbas rescisórias dentro em menos de um mês após a demissão. “Eles simplesmente chegaram na empresa e disseram que iriam fazer cortes de funcionários. Disseram que pagariam dentro de 10 dias e até agora nada. Não nos deram nenhuma satisfação e ainda já ouvi dizer que a empresa está tirando todos os bens do nome dela”, enfatiza.

Mas, conforme o assessor do grupo, todos os salários estão pagos em dias aos funcionários e que agora, as rescisões serão acompanhadas também judicialmente. “Apenas as verbas rescisórias serão pagas e incluídas na recuperação judicial. Pagaremos todos os direitos, mas dentro do previsto pela justiça”, afirma. O assessor ainda diz existir um projeto, em desenvolvimento pela equipe de Recursos Humanos – RH da empresa, que visa inserir os trabalhadores demitidos no mercado de trabalho novamente. “O projeto já está em andamento, porque estamos bastante preocupados com essa situação”.

Com informações de Denise Possebon / Clicatribuna