Segurança

Ex-PM vai a júri popular em Imbituba

A Justiça determinou que o ex-policial militar Ênio Sebastião de Farias, 53 anos, deve ir a júri popular. Ele confessou ter matado a namorada, a professora Hannelore Sievert, 40 anos, em abril de 2013, em Imbituba. O tribunal do júri deve ocorrer no dia 22 de setembro, às 9h30, em uma sala de audiências da 2ª Vara da cidade.

Ênio está preso desde o dia 19 de abril de 2013, quando foi pego tentando fugir para o Uruguai. O ex-policial confessou ter matado a mulher durante uma briga na casa deles, na praia de Itapirubá. Hannelore era professora dos colégios João Guimarães Cabral e André A. de Souza, de Imbituba.

O ex-policial e a namorada foram dados como desaparecidos no dia 12 de abril daquele ano. Conforme a Polícia Civil, esta foi a data em que o assassinato aconteceu. Dias mais tarde, o carro de Ênio foi localizado atolado nos arredores da Lagoa do Timbé, próximo da casa deles. O veículo apresentava batidas na lataria. Dentro havia manchas de sangue.

Cinco dias depois, a polícia encontrou o corpo de Hannelore Sievert carbonizado e enterrado próximo do local onde estava o veículo. Segundo o laudo do exame cadavérico, uma pancada fatal foi dada próximo à nuca da mulher, que ocasionou o traumatismo crânio-encefálico. Também foram identificadas fraturas no úmero direito e esquerdo, tíbia esquerda, fêmur direito e arcos costais.

No mesmo dia em que o cadáver da vítima foi encontrado, imagens das câmeras de segurança de uma agência bancária da cidade de Tapes (RS) mostraram o policial sacando R$ 1 mil. Ênio foi preso em seguida em Santana do Livramento (RS), na fronteira com o Uruguai.

O ex-policial ficou preso no 4º Batalhão da PM, em Florianópolis, até setembro de 2014, quando foi expulso da corporação. Nesta data, ele foi encaminhado à Penitenciária da Agronômica, também na capital.

Detalhes do crime

De acordo com a denúncia do Ministério Público – MP, no dia 12 de agosto de 2013, pouco depois de jantar, por volta das 19h, Ênio e Hannelore discutiram por “questões conjugais”.

Ainda conforme a denúncia do MP, o policial então “desferiu inúmeros golpes na cabeça e no corpo da sua própria companheira, fazendo uso de uma tonfa” – uma espécie de cassetete.

O corpo da vítima e os objetos sujos de sangue, como o sofá-cama e tapetes, foram colocados dentro de um veículo Fox e queimados com o uso de uma lata de querosene, na Lagoa do Timbé. O corpo foi enterrado na areia da praia.

Com informações do Jornal Diário do Sul

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