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Exploração da baleia foi uma das principais atividades do município

Foto: Divulgação/Diário do Sul

Foto: Divulgação/Diário do Sul

O turismo de observação de baleias é, hoje, um dos destaques das praias de Imbituba. Há muito tempo, porém, as baleias fazem parte da economia local. As atividades da pesca da baleia foram deflagradas no Sul do Estado por determinação do Marquês de Pombal, no ano de 1796. 

A armação em Imbituba, a quarta do Brasil, foi fundada em 1796. Baleias de grande porte eram arpoadas quase semanalmente e rebocadas para os barracões, onde se procedia o retalhamento e retirava-se a gordura para derreter em grandes caldeiras.

O azeite apurado tinha dupla utilidade: era usado para iluminação pública das poucas cidades brasileiras, especialmente Rio de Janeiro e São Paulo; utilizava-se também na argamassa destinada às construções de fortalezas e edifícios, oferecendo-lhes resistência semelhante ao cimento, inexistente na época.

A descoberta do petróleo americano, entre 1867 a 1870, com a consequente fabricação do querosene, trouxe a decadência da pesca da baleia, pois o azeite já não mais interessava para a iluminação pública das poucas cidades brasileiras. A pesca da baleia extinguiu-se completamente em 1829.

A atividade contribuiu para o surgimento da cidade de Imbituba. De acordo com dados históricos, alguns anos após a fundação de Laguna, em 1676, devem ter se fixado em seu território os primeiros habitantes atraídos pela pesca.

Em setembro de 1998, após uma campanha popular liderada pelo Projeto Baleia Franca e empresários locais, a prefeitura decretou o tombamento histórico do sítio do Barracão da Baleia e Lei Municipal posterior transferiu o sítio ao projeto com vistas à sua restauração.

Conforme o jornal Diário do Sul, com a ajuda da comunidade e dos antigos caçadores que participaram das atividades de captura e processamento das baleias, o Barracão da baleia foi reconstruído e hoje é o local do Museu da Baleia. 

Imbituba situa-se no coração da Área de Proteção Ambiental (APA) da Baleia Franca, criada por Decreto Federal em setembro de 2000, e que se destina a assegurar a adequada tranquilidade para as baleias francas que fazem da costa centro-sul de Santa Catarina o seu berçário, harmonizando as atividades humanas com as necessidades de proteção ambiental.