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Falta de alimento especial prejudica pacientes

Produto fornecido pelo Estado está em falta e o alto custo impede sua aquisição pelas famílias

Pacientes que dependem de sondas e necessitam de produtos especiais para se alimentar estão sofrendo na região. Em Sombrio, parentes de um senhor de 71 anos vítima de um acidente vascular cerebral denunciam a falta da dieta em pó utilizada para sua alimentação. O produto fornecido pelo estado está em falta e o alto custo impede sua aquisição pelas famílias.

Preferindo não se identificar, a nora do homem de 71 anos entrou em contato com o jornal Correio do Sul para denunciar a escassez do produto "Total Nutrition Soy", da empresa cearense Nuteral, utilizado para a nutrição do idoso, acamado devido a um derrame e se alimentando através de uma sonda gástrica. O produto é utilizado sob recomendação médica e se trata de uma dieta sintética com proteínas de alto valor biológico. Segundo a mulher, a recomendação é que sejam consumidos 200ml ao dia, o que significa uma lata do produto a cada dois dias. "Era pra ser em média quatro latas por semana, mas quando vamos buscar eles dão duas e pedem pra ligar e ver se tem mais quando essas acabarem", diz a mulher de 33 anos, referindo-se a Unidade Central de Saúde de Sombrio, que repassa o alimento fornecido pela Secretaria de Estado da Saúde.

De acordo com a nora do idoso, a escassez vem ocorrendo há pelo menos um ano e que há alguns meses foram fornecidas latas do produto sem condições de utilização. O problema no fornecimento foi confirmado por profissionais da Secretaria Municipal de Saúde de Sombrio, informando que o problema vem ocorrendo há cerca de um mês, apenas. Foi confirmado também que um lote teve que ser substituído, já que o produto apresentou granulação no pó e não pôde ser consumido. A reportagem do Correio do Sul, manteve contato com a Gerência Regional de Saúde da Secretaria de Desenvolvimento Regional, e a primeira informação dava conta de que o problema seria apenas de atraso na entrega e que na sexta-feira o motorista iria à Florianópolis para buscar uma nova remessa. Um segundo contato foi solicitado para informar a real situação regionalmente, assim como o número de pessoas que necessitam da dieta; mas as informações não foram repassadas.