Regiões Extremo-Oeste, Oeste e Meio-Oeste do Estado são as mais afetadas
A falta de chuva no início deste ano agrava a estiagem em Santa Catarina, que ocorre desde 2019. Com previsão de precipitação abaixo da média para os próximos meses, segundo a Epagri/Ciram, a situação preocupa principalmente nas regiões Extremo-Oeste, Oeste e Meio-Oeste do Estado.
Conforme dados da Epagri, o déficit de chuva em janeiro de 2022, variou de 25 a 150 milímetros em algumas regiões, principalmente na fronteira com o Rio Grande do Sul, como é possível observar no mapa. As áreas amarelas são as mais secas.
Já uma pequena parte do Norte do Estado (sinalizada em azul escuro) teve chuva de até 300 milímetros acima da média.
De acordo com a meteorologista da Epagri, Gilsânia Cruz, a falta de chuva em janeiro foi ocasionada por um bloqueio atmosférico, que causou a onda de calor no Estado, e também por influência do fenômeno La Niña. A previsão é que a chuva continue ocorrendo de forma mal distribuída e em poucos dias, o que não resolve a situação de estiagem.
Impactos da estiagem
O pesquisador de hidrologia da Epagri, Guilherme Miranda, explica que o Estado vive uma situação de estiagem desde 2019, com períodos de melhoras e outros de agravamento, como acontece agora. O Monitor de Secas do Brasil da Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA), mostrou que a área de seca extrema cresceu em SC durante o mês de dezembro de 2021.
O setor agropecuário é o mais impactado pela falta de chuva. As perdas na produção de milho, já chegam 43% e soja a 29%, o que impacta o preço de diversos alimentos.
Nesta quarta-feira (2), às 19h, o meteorologista Leandro Puchalski vai explicar como a falta de chuva afeta o Estado em uma live com a apresentadora da NSC TV, Eveline Poncio. A transmissão ocorrerá no Instagram do NSC Total.
Com informações do NSCTotal